Fontana quer que Aloysio explique boicote do Itamaraty a petista em Genebra
O deputado federal Henrique Fontana (PT-RS) protocolou, na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara, requerimento em que pede a convocação do chanceler Aloysio Nunes, para explicar o boicote do Itamaraty à participação do presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Paulão (PT-AL), em reunião das Nações Unidas em Genebra, no último dia 5, quando foi debatida a política de direitos humanos no Brasil; “Diplomatas brasileiros chegaram a se reunir com funcionários da ONU para até mesmo alertar sobre possíveis ‘problemas’ e ‘distúrbios’ que (Paulão) poderia causar durante o encontro”, disse o parlamentar do PT-RS
Rio Grande do Sul - O deputado federal Henrique Fontana (PT-RS) protocolou nesta terça-feira (9), na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara, requerimento em que pede a convocação do chanceler Aloysio Nunes, para explicar o boicote do Itamaraty à participação do presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Paulão (PT-AL), em reunião das Nações Unidas em Genebra, no último dia 5, quando foi debatida a política de direitos humanos no Brasil.
Fontana citou matéria do jornal “O Estado de S. Paulo” na qual diplomatas brasileiros em Genebra são acusados de tentar impedir a participação de Paulão na reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU. “Diplomatas brasileiros chegaram a se reunir com funcionários da ONU para até mesmo alertar sobre possíveis ‘problemas’ e ‘distúrbios’ que (Paulão) poderia causar durante o encontro”, disse o parlamentar do PT-RS.
Segundo o congressista, o presidente da Comissão da Câmara teve dificuldades até para obter informações com o governo Temer sobre a reunião em Genebra. Somente na véspera, quando a viagem já estava confirmada, é que o Itamaraty comunicou que colaboraria com a obtenção de credenciamento de Paulão junto à ONU.
Fontana criticou a ação do governo, porque a Comissão de Direitos Humanos da Câmara tem participação ativa nas reuniões da ONU em Genebra, desde que o mecanismo de revisão de políticas de direitos humanos nos países-membros foi instituído, em 2008.
“Quando as próprias autoridades diplomáticas atuam contra a imagem de seus parlamentares junto a organismos internacionais sem elementos que justifiquem os alertas de supostos problemas e distúrbios, o caráter de órgão de Estado das representações diplomáticas é empobrecido, reduzido a instrumento de ação partidária”, afirmou Fontana.
Em Genebra, Paulão fez contraponto aos documentos oficiais apresentados pelo governo Temer, que tentou descrever a situação dos direitos humanos no Brasil sem problemas graves. Paulão mostrou o crescente aumento de mortes em conflitos agrários, maior vulnerabilidade dos povos indígenas, chacinas em presídios e uma perigosa escalada da violência institucional praticada por agentes do Estado contra manifestantes, além da criminalização e difamação de lideranças de movimentos sociais.
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