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      Forte adesão a protesto contra terceirização no RS

      Desde as 4h50min os trens não circulam no Rio Grande do Sul; a Trensurb aderiu a paralisação nacional em 100% da categoria, apesar do anúncio oficial da direção de que teria o transporte em horários de pico; o mesmo ocorreu com o transporte público da Carris em Porto Alegre; cerca de 300 manifestantes da CUT, Comlutas, entre outras centrais sindicais que convocaram a paralisação protestaram em frente a Carris; manifestação é contra projeto que tramita no Congresso; proposta permite empresas terceirizarem todas as atividades, o que, segundo especialistas e a sociedade civil, vai diminuir direitos trabalhistas e provocar o desemprego

      15/04/2015- Curitiba - PR, Brasil - Força Sindical do Paraná e demais Centrais realizam na manhã de hoje (15), protestos contra projeto que amplia terceirização. A quarta-feira (15) começou com manifestações contra a lei da terceirização em vários pont (Foto: Leonardo Lucena)
      Leonardo Lucena avatar
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      Sul 21 - Desde as 4h50min os trens não circulam no Rio Grande do Sul. A Trensurb aderiu a paralisação nacional em 100% da categoria, apesar do anúncio oficial da direção ainda nesta terça-feira (14) de que teria o transporte em horários de pico (5h30 e 8h30 e entre 17h30 e 20h30). O mesmo ocorreu com o transporte público da Carris em Porto Alegre. Nenhum ônobus saiu da garagem nesta manhã. Cerca de 300 manifestantes da CUT, Comlutas, entre outras centrais sindicais que convocaram a paralisação protestaram em frente a Carris.

      O transporte foi o principal setor que parou as atividades nesta quarta. Apesar do serviço oferecido pela Metroplan de reforço na frota, o começo da manhã foi de transtorno aos trabalhadores que precisaram sair do Vale dos Sinos e Região Metropolitana. Além de forte congestionamento nas principais vias de acesso à capital gaúcha, BR-116 e BR-448.

      Um homem causou um tumulto na sede da Carris durante o protesto dos rodoviários contra a lei das terceirizações (PL 4330). Aparentemente sem motivação com a razão do protesto, o homem atacou os rodoviários com uma faca e foi agredido por outros em seguida. A Brigada Militar interviu e os feridos atendidos pelo SAMU.

      Além disso, a chegada de Porto Alegre, na Ponte do Guaíba esteve interrompida por cerca de uma hora também no começo da manhã. Um grupo do Movimento de Luta por Moradia protestou trancando a ponte para marcar 15 anos de lutas do movimento e cobrar avanços nas políticas habitacionais.

      A partir das 10 horas, algumas agências bancárias não abriram para atendimento ao público, boa parte localizada na região central de Porto Alegre. Ainda na terça-feira (14), o Sindbancários decidiu adesão ao protesto em assembleia. A concentração dos trabalhadores em greve começou às 7 horas e segue na Praça da Alfândega, entre a Caixa e o Banrisul, no Centro de Porto Alegre.

      O Cpers/Sindicato também aderiu a paralisação e, em Porto Alegre, boa parte das escolas dispensou os alunos ou mesmo nem teve aulas nesta quarta-feira. Entre elas a Escola Estadual Piratini e o Colégio Militar. Segundo o coordenador do Comlutas, Erico Correa, funcinários e alunos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) também aderiram a greve.

      "Estamos satisfeitos. Foi 100% de adesão na Trensurb e a base atropelou a direção pelega que anunciou que não teria paralisação. Além disso tivemos uma boa mobilização das demais categorias. Professores acampam na Praça da Matriz e bancários não abriram agências. Isto demonstra a força da nossa mobilização contra as terceirizações, que só começou. Seguiremos pressionando o Congresso e se for à veto da Dilma, também a pressionaremos", informa.

      O volume da adesão ainda não foi contabilizado e deverá ser anunciado às 13 horas, quando todos os trabalhadores que pararam as atividades hoje se concentrarão para caminhada até o Palácio Piratini e Assembleia Legislativa do RS.

      A Trensurb informa oficialmente que os serviços só retornam na quinta-feira (15) e a Carris tem apenas poucos veículos em circulação que conseguiram passar pelo piquete dos manifestantes em frente a empresa. A paralisação dos trabalhadores contra a terceirização ocorre em ao menos 10 capitais brasileiras e no Distrito Federal. Até o momento, o Rio Grande do Sul tem a maior adesão.

      *Mais informações em instantes

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