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Nova edio de Gigantes do Futebol Brasileiro inclui Ronaldo, Romrio e Zico, entre outros feras

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247 – “Vários são os fatores que tornam única a história de Ronaldo. O primeiro – não o mais importante – são os especiais dons de artilheiro que fizeram dele o número um da história das Copas do Mundo: 15 gols nas três que disputou (na de 1994, foi um reserva de luxo, jamais cogitado para entrar em campo, ainda que por minutos). O segundo é ser ele o mais perfeito símbolo do craque talhado por tudo o que há de bom e mau no “futebol globalizado”, fama e fortuna alternado-se com o tédio e o desencanto de quem já não tem pelo que lutar. Um terceiro fator decorre justamente do segundo: é ele um dos mais impressionantes exemplos de ser humano que, não tendo pelo que lutar, ressurgiu várias vezes vitorioso do que tinha tudo para ser uma derrota. Mais do que sobreviver, Ronaldo reergueu-se, refez-se, reconstruiu-se, renasceu quando menos se esperava, até que, citando as palavras com as quais resumiu seu tocante adeus ao futebol, 'morreu pela primeira vez'...”

O primoroso texto acima, de autoria do jornalista e escritor João Máximo, é uma das novidades da recém-lançada segunda edição de “Gigantes do Futebol Brasileiro” (Civilização Brasileira, R$ 49,90), também assinada pelo jornalista Marcos de Castro. A dupla teve o privilégio de dar continuidade a uma obra, lançada na virada de 1965 para 66, na qual figuravam 14 estrelas da nação até então bicampeã do mundo.

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Os eleitos da primeira tiragem do livro estão todos lá: Friedenreich, Fausto, Domingos da Guia, Leônidas da Silva, Tim, Romeu Pellicciari, Zizinho, Heleno de Freitas, Ademir de Menezes, Danilo Alvim, Nílton Santos e Didi, além de Garrincha e Pelé, que tiveram suas minibiografias atualizadas. A eles se juntam agora sete outras lendas dos gramados nacionais: Gérson de Oliveira Nunes, o Canhotinha de Ouro; Roberto Rivellino, Reizinho do Parque e Curió das Laranjeiras; Tostão, o Mineirinho de Ouro; Falcão, o Rei de Roma; Zico, o Galinho de Quintino; o Baixinho Romário; o Fenômeno Ronaldo, o “aperitivo” na abertura deste texto; e um craque da velha guarda, Ademir de Menezes, o Queixada.

Artilheiro da Copa do Mundo de 1950, Ademir deveria ter figurado na primeira edição do livro. Acabou “cortado” em cima da hora porque os autores não conseguiram concluir seu texto no prazo estabelecido pelo editor. O cidadão queria lançar a obra seis meses antes da Copa do Mundo da Inglaterra, quando ele – e a maior parte da torcida brasileira, faça-se justiça – acreditava que o time canarinho conquistaria o tricampeonato mundial. Resultado: o ex-craque do Vasco morreu (em 1996) sem poder conferir a homenagem.

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Da relação original, um dos craque esteve perto da degola na segunda edição: Romeu Pellicciari. Como a legislação atual garante mil direitos a personalidades biografadas, Máximo e Castro procuraram todos os craques vivos e os descendentes daqueles já falecidos, em busca das autorizações necessárias. O jundiaiense Romeu, falecido há 40 anos, deu-lhes um trabalho danado, pois não havia sinal de filhos e/ou netos, só uma rua em homenagem ao antigo craque do Palestra Itália e do Fluminense em sua terra natal.

Os autores reconhecem que sua lista traduz uma visão carioca do futebol. Tanto é que dos 21 eleitos apenas dois nunca defenderam clubes do Rio – Falcão e Pelé. Isso explica, talvez, a ausência na lista dos santistas Gilmar, Zito e Pepe, dos palmeirenses Ademir da Guia e Djalma Santos, dos corintianos Neco, Cláudio e Luizinho, dos tricolores Bauer e Canhoteiro, e de Tesourinha, do Internacional, mas não a de Jair Rosa Pinto, Evaristo, Carlos Alberto Torres, Jaizinho e Bebeto, entre outros craques da Cidade Maravilhosa.

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Duas coisas, no entanto, não se discutem: a qualidade sublime dos “eleitos” por Máximo e Castro e dos textos da dupla. A nova edição de “Gigantes do Futebol Brasileiro” só reforça a sua condição de clássico da literatura dedicado ao esporte mais popular do País, ao lado, entre outros, de “O Negro no Futebol Brasileiro” e “Viagem em Torno de Pelé”, ambos de Mario Filho, “Anatomia de uma Derrota”, de Paulo Perdigão”, e as crônicas de Nelson Rodrigues, irmão de Mario, reunidas em “À Sombra das Chuteiras Imortais”.

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