Gasolina vai subir?
Credit Suisse aposta que sim, se disparidade no preço continuar
Do Infomoney - Em relatório, o Credit Suisse destacou que o preço da gasolina no Golfo do México estava 9% mais alto do que no mercado brasileiro, segundo cotação de 26 de maio.
E, conforme destaca o banco suíço, se o diferencial seguir perto de 10% ou acima disso nas próximas semanas, deve elevar a probabilidade de reajuste de preços de combustíveis, a ser implementado no terceiro trimestre de 2015.
"A diferença de preço positivo, indicando preços mais baixos no mercado interno, foi vista ao longo de maio, sinalizando um padrão diferente do observado nos últimos seis meses", avalia o Credit em relatório.
O banco espera aumento de 5% nos preços no quarto trimestre. Se os preços forem elevados em 10%, estimativa para IPCA de 2015 sobe em 0,15 ponto percentual, para 8,7%.
"Considerando cenário de dólar a R$ 3,40 no final do ano e aumento dos preços do petróleo a US$ 75 o barril, a curva futura embute expectativa de que o preço doméstico ficaria 55% abaixo do internacional, o que ampliaria a chance de aumento adicional dos preços da gasolina no quarto trimestre de 2015 ou primeiro trimestre de 2016", destacam os analistas do Credit.
Porém, se o dólar se desvalorizar e ir a R$ 2,90 no final do ano e os preços do petróleo voltarem a US$ 50 o barril, o preço doméstico da gasolina seria 12% superior ao Golfo do México. "No entanto, nós atribuímos uma probabilidade muito baixa de ocorrência deste cenário", destacam.
Em busca do preзos de mercado
Segundo informações da Folha de S. Paulo da semana passada, a Petrobras (PETR3;PETR4), para reforçar a credibilidade junto aos investidores, assumirá formalmente o compromisso de praticar preços de mercado na venda de combustíveis em seu novo plano de negócios. O plano deve ser divulgado na primeira quinzena de junho.
Porém, a equipe do presidente da estatal, Aldemir Bendine, também acredita que os preços precisam ser reajustados na prática para recuperar a confiança.
Por outro lado, segundo apurado pelo jornal, é pouco provável que a estatal se comprometa com uma fórmula concreta de reajuste de gasolina e diesel, como chegou a ser cogitado algumas vezes pela ex-presidente da petroleira, Graça Foster.
De acordo com dados do CBIE, a política de segurar os preços dos combustíveis fez com que a estatal deixasse de ganhar R$ 55 bilhões entre 2011 e 2014.
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