Geddel deve ter cargo em eventual governo de Aécio

Romulo Faro, do Bahia 247 - Com dedicação total, como ele mesmo diz, à campanha do candidato do PSDB à presidência da República, Aécio Neves, o presidente do PMDB na Bahia e secretário nacional do partido, Geddel Vieira Lima, já não esconde que seus esforços lhe renderão alguma pasta na Esplanada dos Ministérios se o tucano for eleito.

O peemedebista foi ministro da Integração Nacional no governo Lula e está do lado de DEM e PSDB desde 2009, quando rompeu com o governador Jaques Wagner (PT) para ser candidato ao governo do Estado em 2010, disputa da qual saiu derrotado. Geddel disputou o Senado neste ano pela chapa DEM-PSDB-PMDB e também saiu com derrota.

Questionado sobre ligação de tamanha motivação à expectativa de compor eventual governo de Aécio, em entrevista à rádio Metrópole, nesta quarta-feira (15), o peemedebista não titubeou. "Tudo é possível".

Se o tucano não for eleito, seguirá indefinido o futuro da vida pública de Geddel, pois ele já anunciou que não será candidato a prefeito de Salvador em 2006 e antecipou tentativa de reeleição de ACM Neto (DEM). "Não serei candidato a prefeito em 2016. Neto é nosso candidato à prefeitura".

E a julgar pela atual conjuntura, as eleições de 2018 também seriam complicadas para Geddel Vieira Lima, pois o céu e as estrelas sabem que ACM será candidato a governador. Ao peemedebista caberá ser candidato a vice-governador ou a senador mais uma vez. Mas se fala também que ele pode ser vice de ACM em 2016 e assumir a prefeitura quando o jovem democrata se afastar para eleição.

O peemedebista aproveitou entrevista de hoje para criticar o governador Jaques Wagner (PT), que avaliou depois do primeiro turno que "o PMDB da Bahia acabou".

"Wagner foi arrogante e infeliz. Ele ganhou as eleições nas custas de Lula e Dilma. Pegou carona. É uma arrogância que só me motiva", respondeu o ex-ministro..