Gelo no Ártico chegou ao nível mínimo
Em setembro ltimo, o gelo do Oceano rtico chegou sua menor extenso e espessura jamais registrada. Essa poca assinala o final do vero no Hemisfrio Norte, quando o gelo para de derreter
Nível mínimo
A imagem mostra o gelo marinho do Ártico conforme observado pelas câmeras AMSR-E, instaladas no satélite Aqua, da NASA. Por entre as ilhas do norte do Canadá podemos notar que o gelo derreteu o suficiente para mais uma vez abrir a Passagem Noroeste. Sonhada há séculos pelos navegantes – ela possibilita a passagem de navios do Atlântico para o Pacífico, essa passagem abriu pela primeira vez no verão de 2007. Por sinal, a redução do gelo marinho em 2011 é tão grande quanto a que foi observada na mesma época em 2007 – na época considerada um recorde. Os dados foram confirmados pelos cientistas do National Snow and Ice Data Center, que conserva o maior acervo de dados a respeito de calotas polares, glaciares e intensidade da neve em todo o mundo. Em 2007, o Oceano Ártico perdeu 38% da sua cobertura de gelo em comparação com os níveis médios observados a partir de 1979, quando tiveram início as observações da região por satélites. Josefino C. Comiso, especialista em gelo do Goddard Space Flight Center's, da NASA, calcula que o atual declínio da área de gelo marinho esteja na ordem de 13,5% por década.
Nível máximo
Tirada pelo equipamento fotográfico do mesmo satélite da NASA, em 7 de março 2011, a foto mostra o ponto máximo de extensão alcançado pela calota de gelo no Oceano Ártico nesse ano. Segundo Comiso, o gelo mais antigo e mais espesso da região declina à razão de 15% por década. A diminuição da área congelada do Oceano Ártico está diretamente relacionada à contínua elevação da temperatura média global. No Ártico, além disso, o ritmo de elevação das temperaturas médias é três vezes superior ao do resto do mundo, afirma Comiso.
Ambas as imagens foram tratadas e trabalhadas no Scientific Visualization Studio, Goddard Space Flight Center, NASA.
Vídeo 1:
A dança do gelo no Ártico
Veja como, a partir do início da primavera de 2011, o gelo no Oceano Ártico diminuiu a extensão de sua área quase máxima, até chegar a sua extensão mínima, em 9 de setembro de 2011. Produzido com a técnica do time lapse, esse vídeo utiliza sequências de imagens feitas pelas câmeras AMSR-E, instaladas no Satélite Aqua, da NASA.
Os limites da área congelada do Ártico aumentam e diminuem todos os anos, ao ritmo das estações. Aferições consistentes por meio de satélites começaram em 1979. Desde então observa-se que ambos, o mínimo anual no final do verão e o máximo anual no final do inverno continuam a diminuir tanto em termos de área quando de espessura do manto congelado. Cientistas consideram esse fenômeno coerente com o aumento das temperaturas médias globais. Ele é muito preocupante. A medida que a superfície branca, altamente reflexiva do gelo desaparece, áreas cada vez mais extensas de águas oceânicas escuras surgem. Essas superfícies escuras absorvem muito mais radiação solar e atuam como um fator positivo no incremento ainda maior da temperatura média global.
Vídeo 2:
Ursos polares, as primeiras vítimas
O derretimento do gelo do Oceano Ártico faz surgir cerca de 8 milhões de quilômetros quadrados de oceano e de terras. Os ursos polares – espécie em risco de extinção – são as primeiras grandes vítimas do fenômeno. Esses mamíferos precisam do gelo para caçar seu alimento principal, as focas. Com a diminuição da área do gelo, a cada ano eles são obrigados a se deslocar para regiões mais distantes em busca de comida.
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