Governo aumenta investimentos nas Escolas Famílias Agrícolas
O objetivo das EFAs é levar a educação especializada a localidades isoladas no meio rural; Elas são administradas pelas cooperativas familiares dos agricultores e oferecem o ensino fundamental e médio nos mesmos moldes das escolas estaduais; Além disso, inclui na grade curricular atividades relacionadas ao dia a dia no campo, como acompanhamento da safra, plantio sustentável, colheita, uso adequado de agrotóxicos, entre outros temas
Agência Minas - As 20 Escolas Famílias Agrícolas (EFAs), formadas por associações de agricultores de cinco regiões do estado e apoiadas pelo Governo de Minas, receberam a primeira parcela do recurso de apoio enviado pela Secretaria de Estado de Educação (SEE). A segunda parcela será paga no segundo semestre de 2015, totalizando R$ 6.286.594,65. Este valor é 26% maior que o do ano passado. E serve para auxiliar o pagamento da folha de pessoal, alimentação dos 1.765 estudantes, entre outras despesas.
O objetivo das EFAs é levar a educação especializada a localidades isoladas no meio rural. Elas são administradas pelas cooperativas familiares dos agricultores e oferecem o ensino fundamental e médio nos mesmos moldes das escolas estaduais. Além disso, inclui na grade curricular atividades relacionadas ao dia a dia no campo, como acompanhamento da safra, plantio sustentável, colheita, uso adequado de agrotóxicos, entre outros temas. Também são oferecidos cursos técnicos agrícolas certificados pelo Ministério da Educação (MEC).
A Zona da Mata é referência na qualificação das EFAs. A região possui sete escolas que atendem 364 alunos. A EFA de Araponga é a única da cidade que possui curso técnico e atende 54 alunos. Para a diretora Maria das Graças Miranda, o apoio do Estado é fundamental para o desenvolvimento da comunidade: "A EFA se resume em educar o homem do campo sem sair do campo. E o mais importante é fazer com que os alunos sintam orgulho de sua formação", comenta.
De acordo com o secretário adjunto da SEE, Antônio Carlos Pereira, a importância das EFAs é a adequação da metodologia: "As Escolas Agrícolas são experiências altamente positivas porque adequam o conteúdo à situação de cada região, respeitando a realidade do aluno".
Para o secretário executivo da Associação Mineira das Escolas Família Agrícola (Amefa-MG), Idalino dos Santos, todo o processo é baseado na educação regular sem prejuízo dos conteúdos. E vem agregar a aprendizagem à vida em comunidade. "A escola agrícola favorece a aproximação das famílias, a produção e comercialização de seus produtos coletivamente. Sua certificação fomenta investimentos de parceiros nacionais e internacionais".
A EFA atende às determinações de lei estadual regulamentada em 2005. Para criar uma Escola Família Agrícola, é necessário que a cooperativa familiar agrícola envie uma demanda para a Associação Mineira das Escolas Família Agrícola (Amefa), que acompanha e orienta a formação das escolas.
A demanda aprovada é encaminhada pela associação para a SEE, que cadastra os alunos. Cada escola recebe uma bolsa que varia de acordo com quantidade de alunos. Este dinheiro vem do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).Os estados interessados em investir no programa podem usar parte do valor para financiar as escolas agrícolas, como é feito pelo Governo mineiro.
Em Minas Gerais, a primeira EFA foi implantada no município de Muriaé, na Zona da Mata, em 1984. Hoje o modelo está presente também nas regiões do Vale do Jequitinhonha, Norte, Mucuri e Sul.
Atualmente, a secretária de Estado de Educação, Macaé Evaristo, avalia a possibilidade de um projeto de melhoria nas escolas já existentes e também a construção de um plano de expansão das EFAs.
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