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Governo frágil, oposição calada. Todos à espera

Efeito Carlinhos Cachoeira: governador Marconi Perillo emite sinais de que vai fazer reforma na equipe, depois indica outra coisa. Oposicionistas no se posicionam e a populao aguarda os prximos captulos. Clima, em Gois, est tenso, sujeito a trovoadas

Governo frágil, oposição calada. Todos à espera (Foto: Renato Lacerda/Divulgação)
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Vassil Oliveira_Goiás 247 – Goiás vive em estado de expectativa. Nos partidos políticos, quem não foi citado tem receio de ver seu nome aparecer em uma ou outra gravação; quem foi, aguarda, para ver se vai sair mais alguma coisa. Quem está na oposição ao governo e tem convicção de que nada tem a ver com o caso, espera, ansioso, que mais fatos surjam e atinjam adversários. Em comum, ninguém tem a dimensão de quem era, o que guarda, e que vai fazer o homem que nas últimas semanas é assunto na imprensa, nas ruas e na sala diante da TV. Carlinhos Cachoeira é um nome mágico.

Pergunte a alguém do governo Marconi Perillo (PSDB) o que está por vir e a resposta será silêncio. Do governo, a mensagem que sai não bate com a realidade. Na semana passada, o governador reuniu seus principais auxiliares e aliados na Assembleia Legislativa para dizer que tinha visto todos os documentos da operação e o pior tinha passado. Tentou passar otimismo. Então vieram as gravações que o colocam como sócio em um avião e outras que mostram que ele teria ajudado Cachoeira com jogos (aqui).

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Na oposição, a torcida para que surjam mais fatos contra o governador é grande. Mas em geral estão todos no escuro. Mais: muitos estão com receio de que sejam pegos no meio do caminho, já que Cachoeira não foi generoso na eleição apenas com os governistas. A todo instante surge uma nova história de ligação de um ou outro político, porém tudo é conversa reservada, sem prova.

Uma reforma do secretariado no governo estadual está anunciada nos bastidores desde que as primeiras denúncias surgiram. O governador, porém, reluta. Mudar é passar recibo de medo? Ou mudar é mostrar coragem de enfrentar os problemas? Ora surgem notícias de que a mudança no governo será grande, ora o que se lê é que as alterações serão graduais, sem pressa – o que mostra mais o titubeio do governo do que a dificuldade de cobertura da imprensa.

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E enquanto o governo agoniza, a oposição se cala. Em outros tempos, cada fato envolvendo o governador seria usado para um discurso, uma entrevista, um regozijo político, no entanto a torcida em silêncio apenas ressalta o que se tem visto no Estado: uma oposição fora de contexto. Tão fora que a única manifestação a ganhar as ruas na capital, os dois #ForaMarconi (com volume crescente de participação), nada teve a ver com os tradicionais políticos do Estado derrotados pelo tucano nas últimas eleições.

A não ser a população, os jovens em especial, quem mais teria o que dizer sobre os acontecimentos recentes? O PSDB está no centro das denúncias, com o governador Marconi Perillo. O DEM é o partido do senador Demóstenes Torres, hoje uma decepção quase unânime nos debates de esquina. O PMDB tem o ex-governador e atual prefeito de Aparecida, Maguito Vilela, como um companheiro de futebol de Cachoeira. O PT vê seus dois principais nomes, os prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, e de Anápolis, Antônio Gomide, também citados.

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Quem, em Goiás, vai atirar a primeira pedra em Cachoeira?

Fora do governo, a expectativa também é grande. Empresários buscam informações e ficar fora de qualquer noticiário que possa remeter ao caso Cachoeira. Boa parte faz negócios com o governo ou é financiador contumaz de campanhas. Um receio constante é que a faxina se estenda além das águas turbulentas da contravenção. O jogo é outro: o dos interesses cruzados.

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Os políticos estão em xeque, a imprensa está contra a parede, os empresários tentam mostrar paciência, a sociedade espera. Espera as revistas do final de semana, os jornais do dia seguinte, os telejornais noturnos, a próxima notícia nos sites de informação. É uma história sem fim que mexe com todo mundo e que ninguém tem a menor noção do próximo capítulo ou de quanto o drama terá fim.

Uma reclamação constante é que as notícias chegam exatamente em capítulos, aos poucos. Por que não mostram tudo de uma vez? – eis a questão. A pergunta carrega a angústia dos que querem se livrar do assunto e a dos que querem ver mais lenha na fogueira – ou, sem trocadilho, mais água na cachoeira.

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