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Governo quer CPI discreta. Isso é possível?

Enquanto o Palcio do Planalto se mexe para evitar aes miditicas, o lder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), pede postura sbria aos membros da comisso; preciso combinar com a oposio, que j anunciou: vai escolher pitbulls, como Onyx Lorenzoni, Jarbas Vasconelos e Aloysio Nunes

Governo quer CPI discreta. Isso é possível? (Foto: Divulgação)

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247 – O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia, falou nesta quinta-feira (19) em sobriedade ao comentar o clima esperado pelo governo para a CPI do Cachoeira, que deve ser instalada na próxima semana. Resignado com a criação da comissão mista de inquérito, o Palácio do Planalto estaria trabalhando agora para evitar uma ‘CPI midiática”. “Estamos pedindo uma postura sóbria. Pelo menos os (indicados) do PT vão ser escolhidos por esse critério”, disse Chinaglia (PT-SP), que fez questão de ressalvar: o Planalto não vai interferir nos trabalhos. A pergunta que se impõe é: isso é possível?

Tanto para o PT, que vê na CPI uma oportunidade de expurgar o mensalão, quanto para a oposição, a investigação parlamentar sobre Carlinhos Cachoeira só terá efeito se fizer barulho – o barulho, aliás, costuma ser o único efeito (ou pelo menos o principal deles) das CPIs dos últimos anos. Em um governo de maioria absoluta como o de Dilma Rousseff, uma comissão como essa era a oportunidade que a oposição esperava para alcançar uma tribuna mais estridente, e seus representantes já estão pré-escalados.

“Vou escolher meus pitbulls”, avisou o líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA), anunciando como indicação do partido o deputado Onyx Lorenzoni (RS), que teve participação barulhenta na CPI dos Correios, em 2005. Contumaz crítico do governo, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) também não deve aliviar nas tentativas de desgastar o Palácio do Planalto, assim como Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), cuja oposição ao governo contou com a solidaridade de DEM e PSDB – ele e Randolfe Rodrigues (Psol-AP) só ganharam vaga na comissão porque os dois partidos lhes cederam vagas.

Não bastasse, o deputado Fernando Francischini, que, em seu primeiro mandato, foi grampeado por Cachoeira e já deu até voz de prisão dentro do Congresso Nacional, também promete participação estridente. Outro que deve fazer barulho, apesar de fazer parte da base do governo, é o deputado Silvio Costa (PTB-PE), que não tem medo de falar alto no plenário. Misture isso ao natural interesse dos jornais à comoção criada em torno de qualquer CPI com forte apelo político e estará posto o desafio às pretenções serenas do governo.

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