Gravação cita doação a Donato; ele nega
Escuta de uma conversa entre Luis Alexandre Camargo Magalhães, um dos fiscais presos em São Paulo, e sua amante, cita uma doação de R$ 200 mil ao secretário de governo de São Paulo, Antônio Donato, dita por ela; em nota, Magalhães disse desconhecer Donato; secretário também negou envolvimento; "Nunca recebi dinheiro. Não tinha menor sentido pedir dinheiro para servidor", diz ele
247 - A operação da prefeitura de São Paul que desbaratou uma quadrilha envolvida com fraudes tributárias trouxe constrangimentos para o próprio secretário de governo, Antônio Donato, do PT. Numa conversa entre o fiscal Luis Alexandre Camargo Magalhães, integrante da quadrilha, com sua suposta amante, ela fala numa doação de R$ 200 mil para Donato, em tom de ameaça. A gravação foi revelada ontem pelo Fantástico.
Donato já estava sob pressão por ter sido apontado como responsável pela nomeação de Ronilson Bezerra Rodrigues, chefe da quadrilha, como diretor de Finanças da São Paulo Transporte. En entrevista concedida neste domingo, ele negou ter recebido vantagens do servidor e também a indicação. "Nunca recebi dinheiro. Não tinha menor sentido pedir dinheiro para servidor", disse ele. Sobre a indicação, ele também foi enfático. "Não o indiquei", disse. "Todos os diretores financeiros das empresas passam pelo secretário de Finanças, Marcos Cruz. Sugeri que o Rodrigues fosse aproveitado em alguma das empresas municipais. Por que fez essa sugestão? Isso foi em janeiro, não existia nenhuma investigação sobre ele. Eu o conhecia como um servidor capacitado, com bagagem técnica. E o Marcos Cruz também o conhecia porque, na transição, ele foi indicado pelo Mauro Ricardo para fazer a transição".
Magalhães também negou, em nota, conhecer ou ter feito qualquer doação para Donato.
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