Greve: prefeito não descarta Força Nacional
Rodoviários mantiveram nesta sexta-feira 31 a greve geral de ônibus em Porto Alegre, descumprindo o acordo firmado ontem no Tribunal Regional do Trabalho; nenhum coletivo circula na cidade, e passageiros se aglomeram nos pontos de ônibus; Prefeitura formalizou hoje pedido para que o comando da Brigada Militar garanta a saída dos ônibus das garagens e a segurança nos trajetos; se necessário, o prefeito José Fortunati (PDT) não descarta a possibilidade de pedir ao Ministério da Justiça a presença da Força Nacional
Prefeitura de Porto Alegre - A Prefeitura de Porto Alegre formalizou, por intermédio da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), o pedido ao comando da Brigada Militar para que a corporação garanta a saída dos ônibus do transporte coletivo das garagens e a segurança durante os trajetos. A solicitação foi feita nesta sexta-feira, 31, depois que rodoviários mantiveram a greve geral, descumprindo o acordo firmado na ontem à tarde, no Tribunal Regional do Trabalho.
"Mobilizamos profissionais para conduzirem os ônibus, mas constatamos que é impossível colocar os veículos nas ruas devido à falta de segurança. Então, precisamos do suporte da Brigada Militar para que o transporte coletivo opere sem riscos para motoristas, cobradores e passageiros. Só ontem tivemos mais de 20 ônibus depredados. Eu não posso colocar em risco a vida de profissionais e usuários", afirmou o prefeito José Fortunati.
Pedido ao TRT - Além dos ofícios ao comandante-geral da BM, coronel Fábio Duarte Fernandes, e ao comandante de policiamento da Capital, coronel João Diniz Godoi, a prefeitura, por meio da Procuradoria Geral do Município, ingressou no TRT-RS com uma petição pelo descumprimento do acordo, reiterando o pedido de aplicação de multas e ampliação dos valores, além de requerer, judicialmente, que a Brigada Militar cumpra seu papel de garantir a ordem pública e a segurança dos cidadãos. Se necessário, o prefeito não descarta a possibilidade de pedir ao Ministério da Justiça a presença da Força Nacional de Segurança em Porto Alegre.
"Nós também pedimos ao Tribunal Regional do Trabalho que marque uma nova audiência para hoje, entre representantes dos rodoviários e das empresas. Já são cinco dias nessa situação. Os cidadãos estão sendo privados do seu direito de ir e vir porque um acordo formal, assinado depois de quatro horas de reflexão e negociação, foi desrespeitado", completou Fortunati.
O diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, destacou que 250 agentes seguem monitorando a situação. Além disso, as lotações estão operando com permissão para transportar passageiros em pé. "Mais de 1 milhão de pessoas estão sendo prejudicadas. Esperamos um acordo e o fim da greve. Enquanto isso, nossos agentes seguem nas ruas e nas garagens das empresas, para monitorar se as ordens judiciais serão cumpridas e minimizar os impactos no trânsito", disse Cappellari.
❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: