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    Haddad minimiza efeito político de protestos

    Prefeito de São Paulo afirma, em entrevistas ao Estadão e Folha, que “o PT é um patrimônio da democracia”, avalia que “pode haver um abalo conjuntural” sobre Dilma com manifestações, mas recusa a hipótese disso acontecer estruturalmente; sobre Lula, afirma que ele “é muito diferenciado” e “não se deixa acuar” e avisa que não governa focado no ponteiro político-eleitoral: “Não faço uma conta de curto prazo porque confio na capacidade das pessoas compreenderem, mesmo que demore um tempo”

    Haddad minimiza efeito político de protestos (Foto: MARCELLO_CASALJR)

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    247 – O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), principal entrevistado dos dois principais jornais do país – Folha e Estadão – neste domingo (30), minimiza os efeitos políticos das manifestações sobre ele, o PT, a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula. Afirma que “o PT é um patrimônio da democracia”, diz que “pode haver um abalo conjuntural” sobre Dilma, mas recusa a hipótese disso acontecer estruturalmente. De Lula, afirma que ele “é muito diferenciado” e “não se deixa acuar”. Haddad ressalta ainda que não governa focado no ponteiro político-eleitoral: “Não faço uma conta de curto prazo porque confio na capacidade das pessoas compreenderem, mesmo que demore um tempo”.

    Nos dois questionários, o prefeito de São Paulo é exaustivamente confrontado com a demora em anunciar a reversão do aumento da tarifa do transporte público da capital paulistana, mas mantém suas explicações, ressalvando que o reajuste tinha se dado em proporção inferior à metade do acúmulo da inflação. Ele também rechaça a ideia de quem tenha sido pressionado por Lula e Dilma a revogar o aumento de R$ 0,20.

    “Tomei a decisão em função de uma série de ocorrências. Os informes que recebi sobre a segurança pública na cidade de São Paulo, que apontava fragilidades enormes, a informação que recebi de que não haveria votação do Reitup (projeto de lei que cria o Regime Especial de Incentivos, com desonerações sobre óleo diesel) e o informe que recebi do prefeito do Rio, Eduardo Paes, de que faria o anúncio da redução”, ressalta.

    E justifica: “Diante das circunstâncias e dos riscos para a população, eu tomei a decisão. Para mim, o mais importante é que não terei falseado para a população as consequências. Nunca faltei com a verdade nem soneguei informação. Eu vou para onde me convidarem, rádio, televisão. É claro que, quando você convoca manifestação, aparecem 50 mil. Quando fala "vamos discutir", 40 mil somem. Talvez o único político que lançou a tese de que era preciso encontrar fontes de financiamento em proveito da modicidade tarifária do transporte público fui eu”.

    Em dois momentos da entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Haddad faz crítica sutil à imprensa. Primeiro ao ser chamado de insensível: “Nas duas primeiras manifestações aqui na Prefeitura, nós tínhamos uma comissão para receber aqueles jovens [do Movimento Passe Livre]. E eles disseram que não havia o que negociar. Era baixar ou baixar [a tarifa de ônibus]. Os jornalistas registraram a recusa [de diálogo]. E escreveram inclusive que eu não deveria negociar com vândalos. Fui criticado por abrir diálogo com aqueles que eram considerados vândalos. E que hoje são festejados pela mesma imprensa que os acusou”.

    E ao falar da CPI dos Transportes: “Assumi em janeiro, com contratos vencendo. Se não faço a licitação, sou acusado de forçar um contrato de emergência [sem concorrência] e favorecer empresário. Se faço, sou açodado. Você não escapa. Hoje vocês publicam notícia de que a CPI [da Câmara, que investigará o sistema de transporte] é governista. Ela não é governista nem deixa de ser. Todos os partidos têm o direito de participar”. 

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