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Heráclito se diz honrado com apelido “boca mole” na lista da Odebrecht

Deputado federal (PSB) disse, em Teresina, se sentir homenageado com o apelido “Boca Mole” que recebeu nas listas de delação da construtora Odebrecht; ele afirmou que a homenagem, ao contrário das evidências físicas, era um apelido também atribuído a Tancredo Neves durante o período da ditadura militar e comentou que sua ligação com a construtora era apenas por sua atuação parlamentar; bom humor de Heráclito foi suficiente ainda para ele brincar com o valor em que estaria envolvido: “Eu fiquei muito triste. Eu só valia R$ 100 mil, com tudo que eles disseram”

Deputado federal (PSB) disse, em Teresina, se sentir homenageado com o apelido “Boca Mole” que recebeu nas listas de delação da construtora Odebrecht; ele afirmou que a homenagem, ao contrário das evidências físicas, era um apelido também atribuído a Tancredo Neves durante o período da ditadura militar e comentou que sua ligação com a construtora era apenas por sua atuação parlamentar; bom humor de Heráclito foi suficiente ainda para ele brincar com o valor em que estaria envolvido: “Eu fiquei muito triste. Eu só valia R$ 100 mil, com tudo que eles disseram” (Foto: José Barbacena)

Revista Fórum - Heráclito Fortes, deputado federal (PSB), disse nesta segunda-feira (19), em Teresina, se sentir homenageado com o apelido “Boca Mole” que recebeu nas listas de delação da construtora Odebrecht. O deputado disse que a homenagem, ao contrário das evidências físicas, era um apelido também atribuído a Tancredo Neves durante o período da ditadura militar e comentou que sua ligação com a construtora era apenas por sua atuação parlamentar.

O bom humor de Heráclito foi suficiente ainda para ele brincar com o valor em que estaria envolvido: “Eu fiquei muito triste. Eu só valia R$ 100 mil, com tudo que eles disseram”. O deputado federal foi um dos 51 políticos de 11 partidos que foram citados por Cláudio Melo Filho, ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht como beneficiário de doações eleitorais oficiais e outras através de propina ou caixa 2.

“Eu tenho uma imagem de 34 anos de mandato e 40 anos de vida pública. As pessoas conhecem cada um e em nenhum momento o delator diz que fiz negócios”, disse. Heráclito Fortes negou ainda que a lista prove algum negócio escuso em que ele esteja envolvido. “O delator não diz que troquei emendas, nada. Ele apenas diz que eu sou uma pessoa influente e que era vantagem para a empresa ter próximo a eles um deputado como Herálito Fortes”, declarou.

O deputado considera que “se tire essa sujeira de uma vez por todas e quem tiver culpa que pague”, defendendo também investigações sobre o presidente Michel Temer (PMDB).

Questionado se faltam ainda elementos de prova, o parlamentar se esquivou. “Eu não sou investigador e não tenho a menor condição de dizer isso. Agora, que tem coisas esquisitas, tem”, disse.