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Hidrante seco da Sabesp atrasou bombeiros

Estatal paulista de águas tentou empurrar para a Prefeitura a falta de manutenção em hidrantes próximos da favela incendiada ontem, na zona sul de São Paulo; executivo municipal reagiu com nota em que lembra que responsabilidade é da companhia do governo do Estado; não havia água na válvula da rua, e soldados do fogo precisaram improvisar estratégia de utilizar água de prédios vizinhos após uso da água de seus caminhões; todos os barracos instalados em área de 1 mil metros quadrados foram queimados, desalojando 600 pessoas; traficantes receberam bombeiro a tiros, mas depois deram passagem; tarde demais

Estatal paulista de águas tentou empurrar para a Prefeitura a falta de manutenção em hidrantes próximos da favela incendiada ontem, na zona sul de São Paulo; executivo municipal reagiu com nota em que lembra que responsabilidade é da companhia do governo do Estado; não havia água na válvula da rua, e soldados do fogo precisaram improvisar estratégia de utilizar água de prédios vizinhos após uso da água de seus caminhões; todos os barracos instalados em área de 1 mil metros quadrados foram queimados, desalojando 600 pessoas; traficantes receberam bombeiro a tiros, mas depois deram passagem; tarde demais (Foto: Aline Lima)
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247 – Estatal dedicada ao abastecimento de água em São Paulo, a Sabesp procurou, nesta segunda-feira 8, eximir-se de responsabilidade pelo hidrante seco próximo à favela incendiada, na véspera, na zona sul de São Paulo. Mais que isso, procurou atribuir à Prefeitura de São Paulo a culpa pelo episódio que, segundo diversos moradores, atrasou a ação dos bombeiros. Num primeiro momento, a mensagem passada pela estatal foi a de que os serviços de manutenção do hidrante seria da Prefeitura. Mas, em nota, o poder executivo municipal reagiu com a lembrança de que tanto o abastecimento, como a manutenção desses equipamentos são de responsabilidade da estatal paulista.

A Secretaria de Segurança Pública do Estado não entrou nessa polêmica, mas registrou que os bombeiros foram recebidos a balas por traficantes da chamada favela Piolho, vizinha à do Buraco Quente. Quando o fogo cessou e, finalmente, os bombeiros puderam agir, os bombeiros passaram a usar do caminhões mobilizados par a ação. Mais tarde, porém, eles precisaram improvisar a estratégia de captar água dos prédios vizinhos, uma vez que, segundo moradores, não encontraram o hidrante mais próximo em funcionamento.

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Entre todas as demoras, os barracos instalados dentro de um terreno de mil metros quadrados foram todos queimados. Seiscentas pessoas foram desalojadas.

Abaixo, a nota da Prefeitura de São Paulo sobre a posição da Sabesp:

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Manutenção de hidrantes é responsabilidade da Sabesp, diz MPE

De acordo com o Corpo de Bombeiros, apenas 10% dos hidrantes da cidade estão em pleno funcionamento

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A Prefeitura de São Paulo esclarece que a manutenção de hidrantes na cidade é uma responsabilidade da Sabesp, de acordo com as normas técnicas do Corpo de Bombeiros. O assunto é tratado no inquérito civil 217/2013 do Ministério Público Estadual, que já oficiou a presidente da Sabesp a apresentar um cronograma de manutenção. De acordo com o Corpo de Bombeiros, apenas 10% dos hidrantes da cidade estão em pleno funcionamento.

A Instrução Técnica no. 34 de 2011 do Corpo de Bombeiros, documento que regulamenta os hidrantes urbanos no Estado de São Paulo, estabelece que “à concessionária local dos serviços de águas e esgotos é atribuída a competência para o projeto, instalação, substituição e manutenção dos hidrantes urbanos” (item 5.3.1).

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A Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo da capital instaurou o inquérito civil 217/2013 para averiguar a situação dos hidrantes na capital. Segundo informações recebidas do Corpo de Bombeiros, apenas 10% dos 948 hidrantes da cidade estavam em plenas condições de funcionamento.

Em 13 de agosto de 2014, foi realizada uma audiência no MPE com a participação da Prefeitura, Sabesp e Corpo de Bombeiros. Nessa reunião, ficou esclarecido que o Município não tem atribuição legal para fazer a manutenção de hidrantes. Além disso, autoridades da Sabesp e do Corpo de Bombeiros assumiram o compromisso de trabalharem juntos em plano de trabalho para assumir a responsabilidade e realizar a manutenção dos hidrantes.

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Como consequência dessa reunião, o promotor Marcus Vinicius Monteiro dos Santos oficiou a presidente da SABESP, Dilma Pena, em 2 de setembro de 2014, para que, conforme combinado na audiência, estabeleça um cronograma de manutenção dos hidrantes defeituosos, de acordo com a “Proposta de Necessidades”, documento preparado pelo Corpo de Bombeiros. De acordo com o MPE, caso a Sabesp não tome as providências necessárias, medidas judiciais serão tomadas.

Por ocasião do incêndio na comunidade “Favela do Piolho”, a Sabesp tentou atribuir à administração municipal a responsabilidade pela suposta falha de hidrantes no local, o que teria prejudicado o trabalho do Corpo de Bombeiros. E o secretário estadual de Recursos Hídricos, Mauro Arce, chegou a afirmar, erroneamente, em entrevista de rádio que “a manutenção do hidrante não é feita pela Sabesp, é uma função da Prefeitura”. Porém, como resta esclarecido, a instalação e manutenção de hidrantes é responsabilidade da Sabesp, e a empresa já responde à demanda do Ministério Público Estadual para cumprir essa atribuição.

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Abrigo emergencial – As equipes da Coordenadoria de Atendimento Permanente e de Emergência (CAPE) e da Supervisão de Assistência Social (SAS) Santo Amaro distribuíram colchões, cobertores, cestas básicas, kits de higiene e refeições. A Subprefeitura Santo Amaro vai disponibilizar banheiros químicos.

Até a tarde desta segunda-feira (8) foram cadastradas 401 famílias, cerca de 1.400 pessoas. A Defesa Civil estima que cerca de 600 famílias ficaram desabrigadas. Elas serão encaminhadas para um alojamento emergencial que será montado ainda nesta segunda-feira (8) no CDM (Centro Desportivo Municipal) Congonhas, no Jardim Aeroporto, zona sul.

Para as pessoas quem conseguiram retirar móveis e eletrodomésticos antes do incêndio, a Subprefeitura Santo Amaro vai enviar caminhões para fazer o transporte desses itens para um local seguro, com vigilância. Objetos serão etiquetados e liberados somente quando as famílias tiverem destino certo.

A Secretaria Municipal de Habitação vai incluir as famílias desabrigadas no programa de auxílio aluguel, para apoio no custeio com habitação. As famílias que optarem pelo programa vão receber R$ 1.200 a cada três meses, o que equivale a R$ 400 mensais para despesas de aluguel.

Essas famílias também serão inseridas no cadastro habitacional para serem beneficiadas com unidades habitacionais definitivas, respeitando a ordem da fila existente.

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