Hora de planejar seu roteiro de férias
Se voc pensou em ir ao exterior, mas se assustou com a alta do dlar, calma. Ainda d tempo de preparar tambm o seu bolso ou refazer sua rota de viagem
Luciane Macedo _247 - O brasileiro bateu recordes de gastos no exterior ao longo do ano com o preço camarada do dólar. E muitos que não puderam viajar para o exterior em janeiro ou julho fizeram planos para aproveitar a valorização do real frente à moeda americana neste final de ano. Mas a semana que passou, justamente a da entrada da primavera, anunciando que já é tempo de decidir o destino das férias, foi também uma semana de reviravolta no mercado financeiro e um balde de água fria para os brasileiros que já estavam de malas prontas. A cotação do dólar subiu ao longo da semana, o Banco Central interveio para conter a disparada e o turista se pergunta o que fazer agora, principalmente quem ainda não tinha comprado dólares o suficiente para fazer aquela viagem dos sonhos.
A boa notícia é que ainda está em tempo de preparar o seu bolso para passar as férias de final de ano fora do Brasil ou, se assim preferir, confortavelmente por aqui mesmo. Já os precavidos, que vinham comprando suas "verdinhas" há bastante tempo, poderão aproveitar roteiros mais caros. Mas, em ambos os casos, é bom se precaver com os gastos em compras que serão feitos lá fora. Saiba que é possível otimizá-los sem deixar de fazer boas compras e desfrutar de um merecido descanso.
PREPARE O BOLSO
Quem planejou sair de férias no exterior e já comprou uma boa quantia em dólares está em melhor posição de escolha para não ter de refazer seu roteiro de viagem. Se tiver de comprar um pouco mais da moeda, ainda tem cerca de três meses pela frente para observar a cotação do dólar turismo semanalmente e estabelecer para si um patamar razoável e confortável de compra. Considerando a aquisição da moeda nas cotações mais baixas, ainda poderá ficar dentro de uma boa média mesmo que precise rechear a carteira um pouco mais.
"Ainda dá para esperar por uma estabilização do dólar, embora a cotação não deva cair muito", avalia José Carlos Amado, operador de câmbio da corretora Renascença. É impossível prever com exatidão como o mercado financeiro irá se comportar até o final do ano, a depender de medidas que possam vir a ser adotadas nos Estados Unidos e na Europa para lidar com a crise e de como o próprio governo e mercado brasileiros reagirão a elas. Portanto, é bom não deixar seus planos de viagem pendentes à espera de que o dólar possa ser comprado, novamente, pelas mesmas baixas cotações de meses atrás. "Pode demorar até um ano para que o dólar volte ao patamar de R$ 1,65", arrisca Amado.
Segundo o operador de câmbio da Renascença, a possibilidade mais otimista é de que um fluxo de capital trazido por investimentos estrangeiros possa estabilizar o dólar a R$ 1,70. Mas o turista não deve contar com expectativas e projeções de mercado para planejar suas férias, pois elas podem se concretizar ou não. O melhor a fazer é observar a cotação semanalmente e, se necessário, comprar aos poucos, em quantidades razoáveis e compatíveis com seu orçamento, ao longo dos próximos três meses. Vale lembrar que a cotação do dólar turismo (venda, a que o turista deve observar) é mais ou menos 5% mais alta que a do dólar comercial.
COMO OTIMIZAR OS GASTOS
Quando se está de férias, no meio da diversão, é mesmo difícil pensar em dinheiro. E, para muitos brasileiros que viajam ao exterior, a surpresa das contas a pagar quase sempre vem depois, só quando recebem a fatura do cartão de crédito. As compras no exterior são taxadas em 6,38% de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Além disso, a cotação do dólar (neste caso, comercial) incidirá sobre a sua fatura em duas ocasiões: na data do fechamento e no dia do vencimento. E se houver oscilações cambiais nesse intervalo de tempo, a diferença será cobrada na próxima fatura. O risco cambial, portanto, é considerável. Deixe o cartão de crédito como sua última opção de pagamento lá fora e use-o, em seu proveito, antes mesmo de viajar. Muitas operadoras oferecem milhas aéreas como vantagem de uso e pode ser que as suas passagens, nacionais ou internacionais, saiam de graça.
O cartão pré-pago, que pode ser usado para fazer débitos e saques no exterior, é a melhor opção para fugir do risco cambial e ainda permite um melhor controle de gastos em comparação ao de crédito. O IOF também é bem menor, de 0,38%, e se precisar sacar dinheiro com ele, a taxa será de US$ 2,50 em média.
Uma terceira opção de cartão é o de débito, desde que seja habilitado para realizar operações no exterior. Mas, neste caso, o turista também terá de lidar com o risco cambial.
Os traveller checks caíram em desuso diante do pré-pago, mas ainda são uma opção para quem não deseja portar muito dinheiro em espécie durante a viagem.
Lembre-se de viajar com uma combinação de meios de pagamento dentre as opções disponíveis. Leve dinheiro para as despesas imediatas, como transporte, refeições e lazer, e considere, também, adquirir um pré-pago, que tem seguro contra roubo (ao contrário do dinheiro em espécie). Mas não viaje só com o pré-pago ou o cartão de débito, pois pode ser que eles não sejam aceitos em todos os lugares que você visite. Leve o cartão de crédito para estar prevenido nessa eventualidade e também para realizar compras maiores.
De todos os modos, mesmo com o dólar mais caro e o imposto de importação que terá de ser pago no desembarque, caso suas compras ultrapassem US$ 500, vale a pena lembrar que muitas mercadorias ainda sairão mais baratas lá fora do que em qualquer grande shopping no Brasil. Um relógio de US$ 210, por exemplo, pode custar, aqui, mais de R$ 2 mil.
ESCOLHA O SEU DESTINO
Seja qual for o seu estilo, do luxuoso ao econômico, selecionamos seis destinos de viagem para este final de ano. Em grande parte das agências de turismo, será possível parcelar sua compra. Na Agaxtur, com exceção dos cruzeiros de luxo, os pacotes podem ser parcelados em até nove vezes sem juros e 15% de entrada (mais taxas, caso o seu pacote inclua passagens aéreas).
LUXUOSO EM ALTO-MAR - São 16 dias, incluindo o Natal e o Ano-Novo, a bordo do luxuoso navio da Silversea Cruises, com serviço all-inclusive, e seis paradas. As acomodações estão com 60% de desconto, mas o navio, com capacidade para 296 passageiros, já estava com praticamente todas as cabines reservadas em meados de setembro. As passagens aéreas de ida e volta para os EUA devem ser providenciadas antes de fazer a reserva para o cruzeiro.
CONFORTÁVEL NO BRASIL - Sete noites em regime all-inclusive no Club Med Trancoso, traslado e seguro viagem. O resort tem recreação para deixar as crianças à vontade, além de golfe e outros esportes. Não inclui passagens aéreas.
ECONÔMICO NOS EUA - ORLANDO - Passagens aéreas ida e volta (classe econômica), nove noites no hotel Courtyard at Marriott Village, traslado, tour de compras e seguro viagem. O fim de ano tem shows especiais nos parques da Disney e os ingressos podem ser adquiridos aqui mesmo, mas separadamente ao pacote da viagem.
NY - Passagens aéreas ida e volta, sete noites no Empire Hotel, traslado, visita ao alto e baixo Manhattan e seguro viagem. Viagem ideal para quem curte o frio e quer experimentar a famosa festa de Réveillon na Times Square.
ECONÔMICO NA ARGENTINA - BUENOS AIRES - Passagens aéreas ida e volta, três noites no hotel America Plaza com café da manhã, traslado, city tour e seguro viagem. Uma viagem bastante econômica, com todo o charme das casas de tango, os shows especiais de fim de ano, e os ótimos restaurantes e compras que a cidade sempre proporciona.
BARILOCHE - Cinco noites no hotel de luxo Llao Llao com café da manhã, traslado e seguro viagem. É uma ótima oportunidade para conhecer a cidade fora da temporada de esqui, mais florida e verde, com neve apenas nos picos das montanhas. Não inclui passagens aéreas.
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