Humberto Costa admite problemas na articulação política do PT
De acordo com o senador, a maior parte das crticas feitas dentro do partido e pela base aliada est relacionada a essa questo. Humberto reconheceu que a atual gesto municipal do PT, em Recife, tambm passa por dificuldades.
Bruna Cavalcanti_PE247 – “O nosso principal problema está na questão política”. Foi com essa frase que o senador Humberto Costa (PT) reconheceu, em entrevista à Rádio Folha, nesta quarta-feira (28), as dificuldades com relação à articulação política que vem sendo enfrentada pelo PT. De acordo com o parlamentar, a maior parte das críticas feitas dentro do partido e pela base aliada diz respeito a essa questão.
“As críticas que vem do campo aliado são construtivas, como a de Fernando Bezerra Coelho de que o PT tem que conversar e se definir. Todos nós sabemos disso. É lógico que há problemas administrativos na gestão. Recife é uma cidade complexa, que está com sua malha viária estrangulada, o que não pode ser resolvido de uma hora para outra. Mas o nosso principal problema está questão política. Precisamos construir alianças fortes, trazer políticos dispostos a matar e morrer pela gestão”, enfatizou. O ministro da Integração Nacional, Fernanod Bezerra Coelho, teve o seu nome lançado como possível pré-candidato à Prefeitura do Recife pelo PSB, acirando os ânimos dos partidos aliados, entre eles o próprio PT.
Humberto reafirmou, mais uma vez, que o processo de articulação para construir essas relações políticas depende mesmo do prefeito João da Costa (PT). O senador afirmou, ainda, que aprova a declaração feita pelo atual gestor da capital pernambucana, o também petista João da Costa, de que pretende procurar o ex-prefeito e atual deputado federal, João Paulo (PT) – que de aliado passou a desafeto político. “Ele é o condutor do processo eleitoral, tem que ouvir todos os segmentos políticos e levar em consideração. Isso não significa uma aproximação pessoal, mas política. Ele precisa ouvir todos para fazer uma avaliação e utilizar o bom senso para decidir se o ideal é sua candidatura ou não”, afirmou.
O senador observa que a dificuldade para construção dessas alianças políticas pertence a João da Costa. “Nós somos parte do governo de João da Costa, mas ninguém pode tomar uma iniciativa sem a delegação do prefeito. Ele é a maior autoridade do município, e é o condutor do processo”, justificou.
Prazo final
Questionado sobre o polêmico prazo dado pela frente majoritária da facção CNB (Construindo um Novo Brasil) – a ala defende que João da Costa consiga, em até 60 dias, juntar em seu palanque todos os partidos da Frente Popular do Recife -, Humberto se mostrou aborrecido pela forma como essa questão foi divulgada.
“Na ocasião fiz questão dizer que o prazo é uma sugestão, porque na medida em que o tempo passa, as coisas vão acontecendo e fica mais difícil de reverter. Hoje temos pré-candidaturas do PTB, do PP e do próprio PSB. Se esperarmos até abril ou maio, essas candidaturas podem estar consolidadas e não vai ser possível reverter”, avaliou.
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