"Igreja Céu do Mar": quem é o líder religioso afastado após denúncias de assédio contra mulheres
O religioso descumpriu medidas cautelares determinadas pela Justiça, o que levou o órgão a formular um pedido de prisão
247 - O líder religioso Paulo Roberto Silva e Souza foi afastado de suas atividades na igreja Céu do Mar, localizada em São Conrado, na Zona Sul do Rio de Janeiro, após denúncias de assédio. A decisão foi comunicada no domingo (14) pelo Centro Eclético Fluente Luz Universal Sebastião Mota de Melo (Ceflusmme). As informações foram divulgadas inicialmente pela CNN Brasil.
Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), o religioso descumpriu medidas cautelares determinadas pela Justiça, o que levou o órgão a formular um pedido de prisão preventiva no último dia 4 de dezembro. O processo tramita em segredo de justiça, e os detalhes das acusações não foram tornados públicos.
Em nota oficial, o Ceflusmme informou que tomou conhecimento das alegações atribuídas ao dirigente da instituição e confirmou o afastamento imediato de suas funções. A entidade afirmou que não comentará o conteúdo das denúncias enquanto o caso estiver sob análise das autoridades competentes.
“O Centro Eclético Fluente Luz Universal Sebastião Mota de Melo - CEFLUSMME tomou conhecimento das alegações de assédio atribuídas ao dirigente da instituição - atualmente afastado de suas funções”, diz o comunicado.
A instituição destacou ainda que a decisão de não se aprofundar no caso neste momento se deve ao respeito às pessoas envolvidas e ao fato de o processo correr sob sigilo judicial. “Por respeito às pessoas mencionadas e considerando que o caso tramita em segredo de justiça, a instituição não comentará detalhes sobre fatos que se encontram sob apuração pelas autoridades competentes.”
No texto, o Ceflusmme reforça seu posicionamento contrário a qualquer tipo de violência ou conduta abusiva. “O CEFLUSMME repudia de forma inequívoca qualquer forma de assédio, violência ou conduta que viole a dignidade de mulheres e de qualquer indivíduo. E reafirma seu compromisso com um ambiente de fé e convivência seguro, respeitoso e acolhedor.”
Por fim, a entidade informou que voltará a se manifestar após a conclusão do trâmite processual. “A instituição se manifestará novamente no momento juridicamente apropriado, após a conclusão do trâmite processual.”
Até o momento, a defesa de Paulo Roberto Silva e Souza não se pronunciou publicamente sobre as acusações nem sobre o pedido de prisão preventiva apresentado pelo Ministério Público.
