IMB/Segplan traça o perfil da Economia Solidária
Em Goiás são 843 empreendimentos organizados, baseados em associações e cooperativas de pequenos produtores rurais, e que representam 4,3% do total no país; mais da metade deles (463) surgiram na última década motivados pela busca de melhoria de renda e alternativa de emprego; segmento reúne 46,8 mil pessoas em 118 municípios do Estado e fatura R$ 16,9 milhões por mês, mostra estudo do setor feito pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos da Secretaria de Gestão e Planejamento
247 - O perfil dos empreendimentos da economia solidária em Goiás é rural, baseado em associações e cooperativas de pequenos produtores, reúne 46,8 mil pessoas em 118 municípios do Estado e fatura R$ 16,9 milhões por mês. É o que mostra um estudo do setor feito pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB) da Secretaria de Gestão e Planejamento (IMB/Segplan).
Utilizando dados de 2012 do Sistema de Informações em Economia Solidária (SIES) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), técnicos do IMB/Segplan traçaram o perfil do setor em Goiás. No Brasil, existem 19.708 empreendimentos econômicos solidários, distribuídos por todos os Estados em 2.713 municípios, o que representa 48% do total no país. A região Nordeste lidera em número de empreendimentos, com 41% do total, seguida pelas regiões Sul (com 17%), Norte (16%), Sudeste (16%) e Centro-Oeste (10%). São 1,4 milhão de brasileiros sócios em algum empreendimento solidário.
Segundo os técnicos do IMB/Segplan, por empreendimento de economia solidária entende-se “o conjunto de atividades econômicas – de produção, distribuição, consumo, prestação de serviços, poupança e crédito – organizadas e realizadas solidariamente por trabalhadores sob a forma coletiva e autogestionária”. A forma predominante de organização dos empreendimentos em todo o País é por associação, seguida de cooperativas, grupo informal e sociedade mercantil.
Gargalos
Em Goiás, sempre de acordo com o estudo do IMB/Segplan, são 843 empreendimentos organizados, que representam 4,3% do total no país. Mais da metade deles (463) surgiram na última década motivados pela busca de melhoria de renda e alternativa de emprego. No estudo, o faturamento total do setor em Goiás é dividido por faixas de renda. A maior fatia (32%) está na faixa de R$ 10 mil a R$ 25 mil por mês. A remuneração média mensal informada é de um salário mínimo para 49% dos sócios, de um a dois salários para 37%, de dois a cinco salários para 12% e para 2% é acima de cinco salários
Os desafios dos negócios da economia solidária são comuns à maioria dos pequenos empreendimentos de qualquer setor no País, ou seja, falta de crédito e dificuldades de ganho de escala, entre outros problemas. Os técnicos do IMB/Segplan chamam atenção, por exemplo, para o fato de que apenas 114 empreendimentos solidários de Goiás (13,5% do total) estão vinculados a alguma rede de produção, comercialização, consumo ou crédito, o que aumenta o isolamento de mercado dessas iniciativas.
No quesito crédito, os próprios sócios dos empreendimentos solidários goianos falam da falta de crédito para capital de giro e investimento como empecilho à expansão dos negócios. Para os pesquisadores do IMB/Segplan, os desafios dos pequenos empreendedores solidários passam também pelo seu reconhecimento junto à sociedade, o aprimoramento dos métodos de produção, ganho de escala e a criação da legislação pertinente.
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Comunicação Setorial – Segplan
