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‘Impedir debate de gênero nas escolas é perpetuar estigmas sociais’

"A pesquisa que aponta que a maior parte dos brasileiros é a favor de discutir assuntos ligados a gênero em sala de aula revela que projetos que amordaçam os professores, como o Escola Sem Partido, dentre outros, não representam o sentimento e a vontade da população e não estão associados necessariamente a credo ou religião", diz a vereadora de Salvador Marta Rodrigues (PT); a pesquisa foi encomendada pela instituição 'Católicas pelos Direito de Decidir'; "É um balde de água fria em quem tenta impor o próprio autoritarismo e pensamento retrógrado às instituições de ensino e à vida dos nossos jovens", diz Marta

Marta Rodrigues (Foto: Romulo Faro)
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Bahia 247 - "A pesquisa do Ibope que aponta que a maior parte dos brasileiros é a favor de discutir assuntos ligados a gênero em sala de aula revela que projetos que amordaçam os professores, como o Escola Sem Partido, dentre outros, não representam o sentimento e a vontade da população e não estão associados necessariamente a credo ou religião", diz a vereadora de Salvador Marta Rodrigues (PT).

A pesquisa foi encomendada pela instituição 'Católicas pelos Direito de Decidir', feita em fevereiro deste ano, e divulgada neste final de semana. "É um balde de água fria em quem tenta impor o próprio autoritarismo e pensamento retrógrado às instituições de ensino e à vida dos nossos jovens. A população quer o debate e a diversidade nas escolas pois sabe que isso é melhor para as nossas crianças crescerem saudáveis, bem resolvidas e respeitando as diferenças, independentemente de crença religiosa", declara a vereadora.

Segundo a sondagem, 84% concordam totalmente ou em parte que professores discutam sobre a igualdade entre os sexos com os alunos e 72% concordam total ou em parte que professores promovam debates sobre o direito de cada pessoa viver livremente sua sexualidade.

"Quem quer proibir o debate de gênero são os mesmos que dizem que discutir o racismo é 'mimimi' e vitimismo. Não querem justiça social. É um grupo oriundo de uma geração elitista e discriminatória, teme ter seus privilégios questionados", diz Marta.

Para a vereadora, "este pequeno grupo de conservadores está na contramão dos direitos humanos". "Ao apoiarem o Escola Sem Partido, eles se mostram contra o combate a lgbtfobia, ao racismo e ao feminicídio no Brasil. Tratar desses temas não significa influenciar alunos à prática sexual ou orientações sexuais, mas sim ajudar na superação da exclusão social e combater a discriminação", diz a petista.

Marta recorda ainda que todas as decisões no âmbito da justiça demonstram a inconstitucionalidade de leis que amordaçam professores e proíbem discussões sobre gênero nas escolas. "No dia 19 deste mês, uma decisão do ministro do STF Luis Barroso já apontou para a inconstitucionalidade e para as controvérsias de leis que tentam proibir o debate da diversidade de gêneros nas escolas".

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