Imprensa livre debate futuro do jornalismo
Evento reuniu blogueiros progressistas e contou com a presena do criador do Brasil 247, Leonardo Attuch
Goiás247 – O I Encontro de Blogueiros Progressistas em Goiás reuniu os principais blogueiros, tuiteiros e jornalistas independentes do Estado. O Brasil247 esteve presente com seu idealizador, o jornalista Leonardo Atuch e o editor do 247Goiás, Vassil Oliveira, além do articulista Marcus Vinícius, que oarticiparam da mesa dos debates.
O encontro foi dividido em dois períodos. Pela manhã, foi feito debate sobre Liberdade de Imprensa x Liberdade de Expressão. Participaram do debate o professor de jornalismo e radialista Altair Tavares (Radio 730), o professor Enival Mamede Leão (Blog do Mamede, de Catalão), o radialista e blogueiro Luiz Parahyba (Blog Moídos do Parahyba), o jornalista Marcus Vinicius (marcusvinicius.blog) e os organizadores, Flávio de Araújo e Railton Souza.
Altair Tavares discorreu sobre a necessidade da formação profissional e a participação dos jornalistas no debate sobre os novos limites da comunicação, pois, segundo ele, "com as redes sociais, todos comunicam e a interação é maior".
Educador social e responsável por oficinas de rádio comunitária em todo Estado, Luiz Parahyba fez um paralelo entre o rádio e as redes sociais. "O rádio forma opinião diariamente e também pode ser interativo, mas as redes sociais permitem mais interação e devem ser estudadas e pesquisadas, assim como seu uso deve ser aprofundado por toda população." É de Parahyba, aliás, a foto que ilustra esta matéria.
Enival Mamede vai além: "Os blogs permitem que todas as ferramentas da comunicação sejam utilizadas, fazendo no mesmo espaço o rádio (podcast), o vídeo (youtube) e o texto." Marcus Vinicius falou da necessidade do controle social dos meios de comunicação. "Advogados, médicos, engenheiros, arquitetos têm conselhos reguladores, por que os jornalistas não podem discutir o seu?", observa.
O debate fluiu à tarde com nova mesa. Integrante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o advogado Vinicius Wagner entende que o debate da regulação é necessário, porém complexo, mas deve ser posto na mesa. A psicóloga Cida Alves, do Blog Educar Sem Violência, entende que o direito à comunicação não pode ser propriedade privada, e sim coletiva. Ela cita o aumento dos casos de violência doméstica e a falta de interesse nos meios de comunicação neste debate.
Jornalista e professor da Fasam, Antônio Silva ressalta que pelo Art. 220, inciso II, parágrafo 5o da Constituição Federal, "os meios de comunicação não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de um monopólio". Para ele, o advento das redes sociais permite que todos tenham voz, quebrando o monopólio monocórdio dos grandes veículos.
Também palestrante do dia, Leonardo Atuch relatou a experiência do Brasil247, que lidera. Para ele, o mundo digital é mais horizontal, e nele todos contribuem para o processo de aferição da informação. "Hoje há uma migração rápida para o conteúdo on line e do jornalismo pago para o gratuito. A informação quer ser livre e democrática. A mídia tradicional enxerga as novas plataformas como ameaça e não como oportunidade e o que temos pela frente é uma guerra, um confronto entre estas duas visões", conclui.
Attuch apresentou no evento o mais novo produto do Brasil 247: o Goiás 247, que entrou no ar dia 13.
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