Inadimplência em maio é a mais alta do ano
As dívidas de consumidores em atraso por mais de 90 dias superaram em 4,8% às registradas no mês anterior; na avaliação dos economistas da Serasa Experian, o avanço da inadimplência é consequência da elevação das taxas de desemprego, do impacto da inflação sobre a renda do consumidor e dos sucessivos aumentos das taxas de juros
Marli Moreira – Repórter da Agência Brasil
As dívidas de consumidores em atraso por mais de 90 dias foi a mais alta do ano em maio: superaram em 4,8% às registradas no mês anterior, quando a inadimplência teve alta de 1,8%. A taxa mais elevada desde o começo do ano até então tinha sido a de janeiro com variação de 4,1%. No mês seguinte, em fevereiro, o índice caiu em 0,9% e voltou a subir em março com taxa de 0,2%.
Os dados são da pesquisa em torno do Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor. Comparado a maio do ano passado, os pagamentos não quitados no prazo aumentaram 14,9%. Essa mesma taxa foi registrada no acumulado de janeiro a maio sobre o mesmo período de 2014.
Na avaliação dos economistas da Serasa Experian, o avanço da inadimplência é consequência da elevação das taxas de desemprego, do impacto da inflação sobre a renda do consumidor e dos sucessivos aumentos das taxas de juros.
As dívidas com os bancos, que aumentaram 5,5% em relação a abril, foi o que mais influenciou no crescimento da inadimplência. O valor médio nos cinco primeiros meses do ano ficou em R$ 1.270,29 ou 0,6% acima de igual período do ano passado.
As dívidas não bancárias – cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica e água – tiveram alta de 4,9% na virada do mês. Nesse caso, o valor médio no acumulado dos cinco meses alcançou R$ 420,96, quantia 32,6% maior do que no mesmo período de 2014.
Já a inadimplência medida por títulos de protestos cresceu 6,9% na comparação com abril e o valor no acumulado desde janeiro foi R$ 1.372,77, com recuo de 4,7% em relação ao registrado entre janeiro e maio do ano passado. A devolução de cheques por falta de fundos aumentou 2,1% sobre abril e o valor no acumulado do ano foi 10,8%, superior ao do mesmo período do ano passado, com um total de R$ 1.854,27.
❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: