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Indefinição protege o governo de João da Costa

O fato de o prefeito do Recife não ter se posicionado oficialmente, se apoiará o correligionário Humberto Costa ou se subirá no palanque de Geraldo Júlio (PSB), tem obrigado os rivais a seguirem cortejando o chefe do Executivo municipal, elogiando, inclusive, a sua conduta administrativa

Indefinição protege o governo de João da Costa (Foto: Divulgação e Andrea Rego Barros/PSB)
Gilberto Prazeres avatar
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PE247 - O prefeito do Recife, João da Costa (PT), ainda não se posicionou oficialmente sobre para qual lado deverá seguir na sua sucessão, se apoiará o correligionário Humberto Costa ou se subirá no palanque de Geraldo Júlio (PSB). Porém, a demora do gestor em se definir tem gerado um quadro curioso no pleito. Apesar de tanto o petista quanto o socialista empunharam uma bandeira de mudança na administração municipal, os dois seguem namorando a possibilidade de receberem o apoio do chefe do Executivo e acabam elogiando a atual condução administrativa. Trocando em miúdos, nenhum deles se atreve a bater no governo.

Havia um receio muito grande na equipe que cerca o prefeito de que, ao declarar apoio a Humberto ou a Geraldo, João da Costa se transformasse num alvo direto do preferido. Se optasse por fechar com os socialistas, o gestor sofreria uma espécie de linchamento no comando nacional do PT, correndo o risco de ser, inclusive, expulso do partido e ter seu mandato questionado na Justiça. Se subisse no palanque de Humberto agora, o prefeito veria ataques diários a sua administração e a consequente comparação com os números do governo do Estado.

Ao ficar, por enquanto, em cima do muro, João da Costa vai gozando de uma situação inusitada. Perdeu o direito de disputar a reeleição no PT e não viu o PSB – leia-se o governador Eduardo Campos – em momento nenhum defende-lo. Mas, agora, vê ambos os lados preservando o seu legado e, em determinadas circunstâncias, elogiado o seu desempenho.

No entanto, o prefeito vai precisar, mais cedo ou mais tarde, tomar uma posição oficial. Mesmo que seja a da neutralidade. Até lá, os cortejos seguem. Tanto que a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula deverão recebe-lo para uma conversa definitiva sobre o seu futuro no partido e sua participação no atual pleito.

A quinta colocação obtida pelo prefeito no ranking dos gestores de capitais – divulgado na última pesquisa Datafolha no fim de semana – foi mais um ponto positivo para o gestor. João da Costa, agora, parece ter uma força muito maior do que há pouco tempo atrás e terá a oportunidade de fazer as costuras que bem entender para construir um futuro mais promissor na política do Estado. Corre a informação de bastidor, que o gestor teria recebido a promessa do PSB de herdar parte do espólio eleitoral da ex-deputada e agora ministra do TCU, Ana Arraes, caso migre para os quadros do partido e apoie Geraldo Júlio. No entanto, do lado petista, haveria um esforço para que Costa seja o postulante prioritário da sigla na corrida pela Câmara Federal em 2014. De todo modo, após ter sido limado de sua sucessão, ele, enfim, deverá sair ganhando.

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