Indústria apresenta números controversos
Pesquisa da Fiepe aponta para um aumento nas compras de insumos e matrias-primas e queda nas vendas na indstria pernambucana em 2012; no entanto, cenrio avaliado como positivo para a entidade
Raphael Coutinho _PE247 – As indústrias de transformação em Pernambuco acumulam, em 2012, um aumento de 5,2% na compra de insumos e matérias-primas, com destaque para a borracha e o plástico. No entanto, as vendas caíram 2,7%, puxadas por produtos minerais não metálicos. Os dados foram divulgados esta semana através da pesquisa Indicadores Industriais da Unidade de Pesquisas Técnicas (Uptec) da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe).
Apesar da distorção nos dados, o coordenador da Uptec, economista André Freitas, avalia como positivo o cenário para a indústria pernambucana no futuro. “As compras de insumos na indústria de transformação cresceram, porque o setor já está se preparando para o aumento da demanda nos próximos meses”, informa Freitas.
Outro número negativo, mas que não causa preocupação para a Fiepe, foi a redução de 15,1% nos empregos industriais, na comparação fevereiro/janeiro, causada pela entressafra no nicho de alimentos e bebidas. Apesar disto, o nível de emprego mantém-se estável na indústria pernambucana, com alta de 1% no saldo do ano.
Outro ponto positivo é que a remuneração paga ao empregado industrial acumula um aumento de 16,1% em 2012. Já o volume de horas trabalhadas na produção também apresentou recuou, de 5,2%, em fevereiro deste ano no comparativo com o mês anterior.
Beatriz Braga _PE247 - Pernambuco não esteve entre os locais do País que avançaram na produção industrial na passagem de janeiro para fevereiro. A pesquisa, feita em quatorze estados do Brasil, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou uma tímida queda de 0,5% no volume produzido pela indústria pernambucana.
Dos estados que mais registraram expansão no setor, o Pará esteve no topo do ranking, com avanço de 6,2%. Na sequência da lista, aparecem Rio de Janeiro (3,7%), Minas Gerais (3%), Ceará (2,5%), São Paulo (1,5%), Espírito Santo (1,3%) e a Região Nordeste (0,8).
No mesmo sentido que a taxa pernambucana, com déficit na produção, encontram-se Paraná (-7,7%), Goiás (-3,9%) e Rio Grande do Sul (-3,5%), com as piores baixas. Além das oscilações negativas mais discretas, registradas na Bahia (-0,6%), no Amazonas (-0,4%) e em Santa Catarina (-0,2%).
Quando as taxas são comparadas a fevereiro do ano passado, os números de Pernambuco aparecem positivos, revelando um aumento de 6,5% na produção. Nessa mesma linha, Bahia foi a que mais cresceu, com uma taxa de 20,1% (ano passado o setor de produtos químicos foi prejudicado pela série de apagões que afetaram o Estado). Também registraram resultados positivos: Região Nordeste como um todo (10,6%), Goiás (7,0%), Paraná (0,5%) e Pará (0,1%).
Alguns estados que apresentaram alta de janeiro para fevereiro registraram situação inversa em relação à produção do ano passado, como Rio de Janeiro (-9,0%), São Paulo (-6,6%), Ceará (-6,0%), Espírito Santo (-2,0%) e Minas Gerais (-1,1%).
Há, também, aqueles estados que apresentaram déficit tanto no começo deste ano, como quando comparados à taxa de 2011, são eles: Amazonas (-8,3%), Santa Catarina (-4 5%), que, inclusive, tiveram perdas superiores à média nacional (-3,9%), e Rio Grande do Sul (-2,1%).
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