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Infartos silenciosos. Metade dos ataques do miocárdio passa despercebida

Os acidentes cardíacos não detectados aumentam o risco de morte de origem cardiovascular.

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Por Damien Mascret – Le Figaro

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Os infartos silenciosos do miocárdio, isto é, sem sintomas, são talvez muito mais frequentes do que pensam os médicos. De acordo com um estudo norte americano realizado na Carolina do Norte, envolvendo 9500 pessoas de meia idade (45 a 64 anos), em cerca de quinze anos, ocorrem quase tantos  infartos do miocárdio (45%) que passam totalmente despercebidos do que infartos com sintomas (55%).

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«Sabemos há muito tempo que existem infartos silenciosos e outros, sintomáticos, explica o Prof. Jacques Blacher, cardiologista e chefe do setor de prevenção cardiovascular no Hôtel-Dieu (Paris), mas 45%, nos parece muito, especialmente porque foram identificados com base em eletrocardiogramas (ECG) repetidos, e isso não é o exame mais eficiente para se estabelecer o diagnóstico de infarto.»

Dores projetadas

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O mesmo espanto é do Prof. Hervé Douard, chefe do setor de cardiologia no Hospital Universitário de Bordeaux, «estávamos esperando algo como 20 a 30% de infarto silencioso, e muitos pacientes foram excluídos do estudo, sendo assim é preciso ser cuidadoso».

De qualquer forma, a «dor torácica» clássica, não está sempre em primeiro lugar e até pode estar ausente. Já há quatro anos, a análise de mais de um milhão de pacientes que tiveram um infarto nos Estados Unidos entre 1994 e 2006, havia mostrado que esse sinal estava ausente em dois casos a cada três. E a dor pode ser «atípica», os médicos falam então de dor projetada. Algumas pessoas irão sentir dores no braço, na mandíbula, outras, no estômago ou nas costas. Estas dores projetadas aparecem às vezes, sem que o paciente sinta dor no peito.

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«A intensidade da dor assim como sua projeção eventual são bastantes misteriosas, observa o Prof. Douard. Alguns irão sofrer terrivelmente com um pequeno infarto e outros, quase nada, sendo que  tiveram um infarto grave!» No estudo da Carolina do Norte, o problema é que 45% dos infartos ocorridos, não foram identificados quando ocorreram. Um verdadeiro problema, pois se o risco de morte de origem cardiovascular for multiplicado por cinco após um infarto sintomático, ele ainda é triplicado após um infarto do miocárdio silencioso.

Fatores de risco idênticos

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O que faz o médico Elsayed Soliman, da Escola de medicina Wake Forest, em Winston-Salem, que conduziu o estudo publicado na “revista Circulation”, dizer que «o futuro é tão ruim após um infarto silencioso do miocárdio do que após um infarto que se manifestou por sintomas ».

Talvez um pouco exagerado? «Os infartos sintomáticos são geralmente maiores que os infartos silenciosos », diz o Prof. Blacher. Portanto, a priori, são mais preocupantes para o futuro. Mas «os pacientes que não sabem que tiveram um infarto silencioso do miocárdio, podem não ter recebido o tratamento necessário para evitar uma reincidência» salienta o Dr. Soliman.

«O risco seria fazer que pessoas acreditassem que o infarto silencioso do miocárdio acontece com elas de forma aleatória, adverte o Prof. Blacher, mas os fatores de risco são os mesmos que para os outros infartos ». E muitas vezes negligenciados ou subestimados pela população. «A metade das pessoas que chegam à UTI cardiológica com um infarto do miocárdio, nunca tinham tido sintomas anteriormente!» especifica o Prof. Jacques Blacher.

De qualquer modo, este estudo explica por que a metade das pessoas com doença coronária a descobrem, após ter um infarto do miocárdio.

«Não é o caso de deixar todo o mundo preocupado”, tranquiliza o Prof. Douard, “a frequência dos infartos é de apenas 0,3% no estudo da Carolina do Norte.»

 

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