Inspirado em Mandela, João garante candidatura

Bahia 247

Avaliado por dois anos consecutivos (2011 e 2012) como pior prefeito entre as capitais do Brasil e o pior que Salvador já teve, segundo pesquisa com a população, João Henrique de Barradas Carneiro (PP) mantém sua promessa de ser candidato a governador da Bahia ou a deputado federal nas eleições de 2014.

Apesar de ter três exercícios financeiros rejeitados pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), dos quais dois já referendados pela Câmara Municipal, João afirma que não está inelegível porque, segundo ele, não houve dolo nos motivos que levaram a corte a reprovar suas contas, mas que as falhas são estritamente de âmbito administrativo.

Em entrevista ao site Alô, Alô, Bahia o ex-prefeito reafirma também que é "vítima" de "ataque cruel" da imprensa e diz que as críticas de seus adversários são "missa encomendada". João afirma também que os pré-candidatos postos à sucessão de Jaques Wagner têm medo de lhe enfrentar nas urnas.

Abaixo a íntegra da entrevista ao Alô, Alô, Bahia.

O senhor pretende sair candidato nas próximas eleições?

Com certeza, a governador ou a deputado federal.

Qualquer ação sua, por mais simples que seja, reverbera na mídia. Qual o motivo, em sua opinião, de ter se transformado numa espécie de "figura folclórica, de mito em vida"?

Isto eu também gostaria de saber, pois apesar de me considerar uma pessoa comum, a marcação homem a homem comigo é cerrada. A perseguição e o massacre da mídia são impiedosos e cruéis, mesmo depois de eu ter deixado a Prefeitura. Revela-se então, assim, muito medo, e talvez até pânico, dos meus adversários, quanto a possibilidade de que eu venha a disputar o governo do estado da Bahia.

Como lida com as críticas?

As que são missa encomendada eu procuro abstrair, das demais tento extrair oportunidades de melhorias.

Enquanto prefeito de Salvador, qual foi a situação mais difícil que passou?

No início do meu primeiro governo, muito me preocupava as fortes chuvas e suas consequências drásticas, inclusive com ocorrência de mortes. Portanto foquei inicialmente na construção de centenas de obras de contenção de encostas para diminuir esta aflição histórica da periferia e do subúrbio de Salvador.

Como avalia a atual gestão de ACM Neto?

Muito cedo para avaliar, porém com as chuvas, o trânsito e os buracos nas ruas estão cada vez piores. Com a suspensão do PDDU e da LOUS em janeiro último, Salvador já voltou a ser a capital brasileira do desemprego.

Como gasta seu dinheiro? É de grandes luxos?

Sempre que posso procuro viajar com a família, mas não sou de grandes luxos, pois para mim, o que importa na verdade é a companhia.

O senhor, todos sabem, é um homem vaidoso. Como cuida da aparência?

Sempre que posso, dedico parte do meu tempo à prática da atividade física.

Se pudesse voltar atrás, qual erro não cometeria?

Dirigir o governo com partidos políticos.

Sua família sempre foi ligada a política, o que lhe confere, desde cedo, presença neste meio. Daí conclui-se que grandes homens devam ter lhe inspirado a exercer a vida de gestor público. Quem, fora João Durval, foi seu farol, seu referencial?

Nelson Mandela.

Em Salvador, de empresário, com quem compraria uma briga?

Acho que o empresariado tem estado atento a importância do alinhamento estratégico de suas empresas com base em responsabilidade social e sustentabilidade, pois isto tem impacto positivo não só na sociedade, mas também nos seus próprios resultados.

Seu relacionamento com Tatiana Paraíso vai de vento em popa. O que ela mudou em seu comportamento?

A maneira de ver o mundo, viver sem stress e com muita fé em Deus.

Quem é João Henrique?

Uma pessoa que sente que nasceu com a missão de servir, principalmente, aos mais pobres, humildes e oprimidos!