Ipsemg revoga construção de hotel na Praça da Liberdade
Instituto previdenciário dos servidores mineiros cancela processo de licitação que previa a venda da antiga sede da entidade, com 11 andares em região nobre da cidade. Edifício vai abrigar universidade estadual
Minas 247 – O Instituto de Previdência dos Servidores do Estado (Ipsemg) revogou licitação que previa a instalação de um hotel em sua antiga sede. O edifício de 11 andares foi construído em 1965 e é tombado pelo Patrimônio Histórico. O imóvel faz parte do conjunto paisagístico e arquitetônico da Praça da Liberdade, região centro-sul de Belo Horizonte. O ato de revogação já foi publicado no Diário Oficial.
Saiu o hotel, entra uma universidade. De acordo com o Ipsemg, sua antiga sede vai abrigar a Escola de Design da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), a segunda instituição de ensino mais antiga do país na área, sendo instituída em 1954 com parte integrante da então Universidade Mineira de Arte.
A principal justificativa para a revogação da licitação é a mudança no cenário do setor de hotelaria da capital. Quando o processo teve início, em 2009, a decisão pela instalação de um hotel no prédio do Ipsemg tomou como base estudos que identificaram a necessidade de suprimento da demanda por hotéis de alto padrão em Belo Horizonte, uma vez que a cidade será uma das sedes da Copa do Mundo de 2014 e, por isso, receberá grande afluxo de turistas.
Em março do ano passado, o Ipsemg concluiu o processo licitatório, que foi vencido pela incorporadora JHSF. Entretanto, a assinatura do contrato ainda aguardava a conclusão de um processo em curso no Tribunal de Contas do Estado (TCE) que, apesar de reconhecer a regularidade do procedimento licitatório, questiona a conveniência de manter a instalação de um hotel no imóvel, diante do tempo decorrido desde os estudos iniciais.
O Instituto fez, então, uma consulta junto à Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo, a qual concluiu que a oferta de hotéis, incluindo alguns de alto padrão, aumentou de forma expressiva na capital nos últimos meses. Tal mudança de cenário levou à conclusão de que não há mais necessidade da intervenção do Estado como agente indutor do crescimento da rede de hotéis na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Com informações da Agência Minas
