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      Iris atropela Paulo Borges e tenta impor Clécio Alves

      Cacique do PMDB opta pelo perfil beligerante em detrimento do candidato conciliador, sinal de que o projeto de voltar ao governo de Goiás continua mais vivo do que nunca; insistência em nome desgastado e malvisto entre os vereadores estimula união em torno de um terceiro nome, que pode até mesmo sair da oposição

      Iris atropela Paulo Borges e tenta impor Clécio Alves
      Realle Palazzo-Martini avatar
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      Goiás247_ O vereador Clécio Alves é o candidato do PMDB à presidência da Câmara de Goiânia na eleição que acontece no dia 1º de janeiro de 2013. O processo de escolha de Clécio mais uma vez evidenciou como Iris Rezende controla o partido com mão de ferro. A decisão aconteceu na noite de quarta-feira após reunião de lideranças do partido e vereadores que também estavam no páreo.

      O encontro foi mais para cumprir tabela, pois Iris já havia escolhido Clécio. Quem sofreu de novo um golpe e acabou atropelado foi o vereador Paulo Borges. Ele era o preferido dos colegas e de membros do partido por ser conciliador, experiente e gostar do diálogo, características que não se aplicam a Clécio, conhecido por ser desagregador e intempestivo. Paulo Borges já tentou presidir a Câmara outras duas vezes, mas acabou sendo escanteado por Iris.

      A resistência ao nome de Clécio sempre veio dos próprios colegas e até mesmo dos peemedebistas. A imposição de Iris pode gerar arestas e abrir espaço até mesmo para uma candidatura independente que possa unir as forças políticas da Câmara. O certo é que Clécio é visto como um cão de guarda de Iris, que será fiel ao cacique peemedebista e estará pronto a qualquer momento para enfrentar o governador Marconi Perillo. Isso é um sinal evidente de que Iris ainda não abandonou o projeto de disputar mais uma vez o governo do Estado, de preferência contra Perillo.

      Em entrevista, Clécio já avisou que vai ser uma espécie de porta-voz do PMDB nas críticas direcionadas ao governo estadual. Há quem diga que Djalma Araújo (PT) não engoliu a escolha do PMDB e poderia lançar sua candidatura. Ele não esconde de ninguém o sonho de presidir a Casa. Do lado da oposição, o candidato é Virmondes Cruvinel (PSD), que foi o vereador mais votado na eleição deste ano.

      Borges e Iris

      A história do vereador Paulo Borges com Iris Rezende é cheia de idas e vindas. Paulo foi eleito pela primeira vez como vereador pelo PPS. O partido começou a entrar em crise e enfraquecer e a convite de Iris o vereador foi para o PMDB. Paulo Borges então virou secretario legislativo de Iris Rezende, que era prefeito de Goiânia.

      Mesmo com essa proximidade com Iris Rezende, o vereador Paulo Borges nunca obedeceu cegamente à cartilha do cacique peemedebista. Paulo inclusive fez parte do chamado G14 – um grupo de vereadores da base que chegou a barrar projetos do Executivo para mostrar sua insatisfação com o então prefeito peemedebista.

      Numa articulação em que se aproximou de José Batista Júnior e se apresentava como uma espécie de “ponte” entre Marconi e Iris, Paulo Borges viabilizou sua candidatura à presidência da Câmara. Ele disputava no PMDB com Santana Gomes, mas de última hora Iris bancou Francisco Júnior, que foi o vitorioso.

      Na última eleição, Paulo Borges era o favorito novamente. E todos achavam que finalmente ele seria ungido por Iris. No entanto, o ex-prefeito preferiu Iram Saraiva e restou a Paulo Borges a secretaria de Habitação como prêmio de consolação.

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