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Iris na Justiça, expediente condenado por PT e PMDB

Peemedebista adere a prática chamada pelos próprios aliados de ‘intimidação’ para processar jornalista e secretários do governo estadual; outro embate travado pelo ex-prefeito é contra o TJ: ele quer que sua versão sobre processo de improbidade administrativa seja publicada no site do tribunal

Iris na Justiça, expediente condenado por PT e PMDB (Foto: Randes Nunes/A Redação)

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Goiás 247_ O ato do ex-prefeito Iris Rezende (PMDB) de entrar na Justiça na última terça-feira contra o jornalista Paulo Beringhs, o presidente do PSDB, Paulo de Jesus, e os secretários Daniel Goulart e Thiago Peixoto não está relacionada com a decisão tomada pelo juiz Fabiano Abel de Aragão Fernandes, da 2ª Vara de Fazenda Pública Municipal, e que determina o bloqueio de bens do peemedebista.

A ação de danos morais é uma resposta ao fato do secretariado do governador Marconi Perillo ter entrado na Justiça contra o PMDB e PT pelo suposto conteúdo golpista da “Carta Aberta aos Goianos”, assinada pelos integrantes das duas legendas de oposição. A decisão da Fazenda Pública permanece de pé para o político goiano, suspeito de improbidade administrativa em ato ocorrido em 2006.

Iris Rezende, de fato, destoa da resposta dos demais integrantes do PMDB e PT, que criticaram a ação dos agentes públicos tucanos em buscar reparo na Justiça contra a carta. Nos jornais, PT e PMDB chamaram o procedimento da base aliada ao governador goiano de ‘tentativa de intimidação’. Um dos advogados do PT, Edilberto Dias, chegou a criticar a postura dos secretários em reportagem publicada no jornal ‘O Popular’.

Intimidação ou não, Iris resolveu seguir o mesmo procedimento e, dessa vez, processar o apresentador Paulo Beringhs, tido como um dos rostos mais populares do jornalismo goiano. A decisão de Iris em processar os políticos e jornalistas se deve ao que foi dito na imprensa recentemente sobre ele. Ex-assessores próximos de Iris Rezende receberam recursos da Delta Construções, informa a Polícia Federal.

No programa de TV de Paulo Beringhs, o jornalista e um dos secretários teria também mencionado um encontro do peemedebista com Fernando Cavendish, ex-presidente da Delta. Este último estaria de posse de duas sacolas. Thiago Peixoto, ex-peemedebista de dentro da sala irista, foi quem teria relatado o episódio, pois presenciou o encontro.

“Nas chamadas, Paulo dizia que Cavendish carregava dinheiro nas sacolas”, lembrou o advogado de Iris, Walter Silva. Iris ainda viu nesta semana um dos integrantes do PMDB, o deputado Sandro Mabel, ser envolvido na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI). Em um dossiê entregue aos parlamentares, o correligionário goiano é citado em um esquema de propinas para liberação de obras federais em Goiás, que envolveria, entre outros, a Delta. Até porcentagem das propinas teriam sido apuradas, conforme o documento divulgado pelos portais nacionais de notícia.

Improbidade

Outro embate de Iris refere-se a reclamação que apresentou no Tribunal de Justiça de Goiás contra o conteúdo da notícia veiculada pelo órgão na semana passada, que o envolve em improbidade administrativa ocorrida na prefeitura de Goiânia. Ele havia pedido para que sua versão fosse colocada no mesmo site, mas até a noite de ontem o TJ não postou seu relato.

Não é a primeira vez que o mesmo juiz julga Iris Rezende. No ano passado, ele julgou improcedente pedido contra ex-prefeito e o ex-procurador de Goiânia. Na época, o Ministério Público apresentou ação civil pública por improbidade administrativa. Na última vez, porem, a que pediu a indisponibilidade dos bens, o juiz ficou do lado do Ministério Público, que teria provado indícios de desvios de conduta.

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