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JN destaca escândalo sobre Anastasia e Aécio

O senador Antônio Anastasia, candidato do PSDB e outras 11 legendas ao governo de Minas, recebeu neste sábado o que não queria: cinco minutos cravados no Jornal Nacional e outro tanto no Jornal Hoje, da Rede Globo, ligando-o ao senador Aécio Neves e a um novo escândalo revelado pela Operação Lava-Jato, que trata de pagamentos feitos pela Odebrecht ao marqueteiro Paulo Vsconcelos

JN destaca escândalo sobre Anastasia e Aécio (Foto: Agência Senado)
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Minas 247 – O senador Antônio Anastasia, candidato do PSDB e outras 11 legendas ao governo de Minas, recebeu neste sábado o que não queria: cinco minutos cravados no Jornal Nacional e outro tanto no Jornal Hoje, da Rede Globo, ligando-o ao senador Aécio Neves e a um novo escândalo revelado pela Operação Lava-Jato. Nas duas matérias, a Rede Globo mostra, em dois momentos, Aécio falando ao ouvido de Anastasia, ao que se deduz já no Congresso Nacional, e numa outra o candidato ao governo de Minas em close.

Nas duas matérias, na verdade uma repetindo a outra, Anastasia é apontado pelo repórter Wladimir Neto como participante de um  esquema em que o marqueteiro de Aécio na sua candidatura à presidência da República, Paulo Vasconcelos, forja um contrato de assessoramento à Odebrecht para desviar dinheiro para a campanha de Anastasia ao governo do Estado, em 2010, quando derrotou o candidato do PMDB, Hélio Costa. Segundo Wladimir Neto, baseando-se em dois delatores da Odebrecht, um deles, Sérgio Leite Neves, autor do contrato, Paulo Vasconcelos não prestou os serviços pelos quais cobrou, em 12 parcelas de R$150.00,00, exatos R$1.800 mil, preço sete vezes maior do que o cobrado por uma outra empresa que já havia feito o projeto, com o adendo de que o serviço contratado não foi prestado.

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A matéria divulgada tanto pelo jornal Hoje como pelo Jornal Nacional é uma daquelas notícias que faziam com que Anastasia rezasse para que o ainda senador Aécio Neves deixasse de disputar a eleição este ano e que, meses atrás, o candidato tucano à presidência da República, Geraldo Alckmin, sugeriu publicamente que o ex-governador de Minas, Aécio, desistisse de concorrer a qualquer cargo em outubro. As duas matérias não só apresentam imagens de Anastasia assentindo com a cabeça à fala de pé de ouvido de Aécio, transformado em opróbrio em Minas Gerais, dadas as denúncias que pesam contra ele no Supremo Tribunal Federal, como ligam o candidato do PSDB, segundo o repórter Wladimir Neto, a um escândalo que está sendo apurado pela Polícia Federal, quando ninguém desconhece em Minas que feito novamente candidato agora, Anastasia é cria  de Aécio, de quem foi vice-governador e ocupante de várias secretarias durante o seu governo. Anastasia, aliás, é citado por um outro delator da Lava jato, um policial federal de apelido Careca, que o teria identificado como o personagem a quem ele teria entregue um pacote de dinheiro com um milhão de reais, nessa mesma época em que ele disputava contra Hélio Costa o governo de Minas. Na época, em 2015, Anastasia disse desconhecer o policial ou o doleiro Alberto Yousseff, que teria mandado o dinheiro, e se mostrou indignado pelo envolvimento de seu nome no propinoduto da Odebrecht. Na época, o STF não homologou a delação premiada contra Anastasia.

Ontem, também, tanto Aécio Neves como Paulo Vasconcelos, assim como Anastasia, todos negaram qualquer envolvimento no esquema financeiro da Odebrecht. Anastasia disse que nunca tratou de assuntos ilícitos com quem quer seja. O fato é que as imagens de Anastasia com Aécio serão inevitavelmente exibidas pelos adversários do candidato da coligação “Reconstruindo Minas”, que, por sinal, fez na sexta-feira o registro de sua chapa no TRE mineiro, com o deputado da bancada ruralista Marcos Montes de vice, o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado, Dinis Pinheiro, como senador e como seu companheiro de disputa o deputado Rodrigo Pacheco, que até a semana passada se colocava como  candidato ao governo do Estado, até ser demovido pelo deputado Rodrigo Maia a aderir à chapa de Anastasia. A matéria do Jornal Nacional de sábado tem tudo para causar estragos na imagem do senador e agora candidato ao governo de Minas, não só pela sua relação com Aécio, mas sobretudo por que o cita como beneficiário de uma propina de R$1.800 mil.

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Márcio Lacerda e o PSB

Neste domingo o também pretendente ao Palácio da Liberdade pelo PSB, ex-prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, teve mais uma negativa de seu partido ao desejo de disputar o governo do Estado. Vetado pelo PSB, por força de acordo nacional com o PT, ao Palácio da Liberdade, Márcio judicializou a sua pretensão, depois de uma convenção estadual tumultuada em que tentou forçar, há uma semana, registrar sua candidatura, impedida anteriormente pela dissolução da comissão provisória nomeada por ele. Enquanto espera a decisão do TSE, que deve resolver a questão nesta segunda feita, Márcio tentou convencer a cúpula do PSB para uma reunião da Executiva do partido neste domingo, dia 12. Ontem, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, recusou o encontro e passou a bola para a Justiça. “Ele resolveu judicializar e, então, vamos esperar que a Justiça dê a palavra final. Não posso mudar uma decisão da convenção nacional do partido”, diz Carlos Siqueira. A convenção decidiu que Márcio, que fez uma coligação sem autorização do seu partido com o MDB, deveria retirar sua postulação e apoiar Fernando Pimentel ou ficar neutro, como parte do acordo pelo qual Marília Câmara retirou sua candidatura ao governo em Pernambuco para apoiar o candidato do PSB à reeleição, Paulo Câmara. O PT cumpriu em Pernambuco o que Márcio quer desconhecer em Minas. Essa coligação com o  MDB por sinal tem sido a razão pela qual o governador Fernando Pimentel ainda não registrou sua chapa completa no TRE-MG, só o fazendo proforma na expectativa de que o acordo Márcio-MDB se frustre na justiça eleitoral e ele possa recompor a coligação com o MDB que o apoiou na Assembleia Legislativa nesses três anos e meio – o que não impede também que o MDB rejeite a coligação trabalhada por Pimentel e resolva sair com um candidato próprio, neste caso com o presidente da Assembleia, Adalcléver Lopes, na cabeça de chapa.

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