João cobra R$ 32 mi de dívida do Governo com PMA
O governo do Estado possui uma dívida com a prefeitura de Aracaju, no setor de Saúde, que já ultrapassa os R$ 32 milhões; informação foi passada ao 247 pelo secretário municipal da Fazenda e da Saúde, Luciano Paz, e confirmada pelo prefeito João Alves Filho (DEM), que, inclusive, disse que iria se reunir nesta segunda (1º) com o governador Jackson Barreto (PMDB) para discutir a questão; essa dívida, segundo João, seria, inclusive, um dos motivos para o atraso no pagamento dos salários de maio dos servidores da Saúde da rede municipal; por causa disso, os médicos deflagraram uma paralisação de dois dias – que deve se estender por toda a semana
Valter Lima, do Sergipe 247 - O governo do Estado possui uma dívida com a prefeitura de Aracaju, no setor de Saúde, que já ultrapassa os R$ 32 milhões. A informação foi passada ao 247 pelo secretário municipal da Fazenda e da Saúde, Luciano Paz, e confirmada pelo prefeito João Alves Filho (DEM), que, inclusive, disse que iria se reunir nesta segunda-feira (1º) com o governador Jackson Barreto (PMDB) para discutir a questão. Essa dívida, segundo João, seria, inclusive, um dos motivos para o atraso no pagamento dos salários de maio dos servidores da Saúde da rede municipal. Por causa disso, os médicos deflagraram uma paralisação de dois dias – que deve se estender por toda a semana.
“A situação dos médicos é que ficaram contrariados porque não receberam o salário no último dia do mês. Mas é que temos o direito legal pagar até o dia 5 e nos esforçaremos para isso. Passamos por dificuldades de recursos. E a Saúde é um caso atípico, pois não se paga só com recursos próprios, tem recursos do Ministério da Saúde, mas há uma grande dívida do Estado de mais de R$ 30 milhões, que cria dificuldades para nos. Hoje terei de novo uma reunião com o governador para levar essa situação”, disse João.
O secretário Luciano Paz disse que esta dívida tem a ver com o Samu, pois existe um convênio de cessão, que não tem sido cumprido. “A promessa do secretário Zezinho Sobral é pagar isso no segundo semestre. Reconhecemos que é um momento de dificuldades e entendemos que o Estado também passa por isso, mas Zezinho disse que começaria a pagar escalonado”, explicou ele, que frisou ainda que este débito do governo com a prefeitura tem aumentado mês a mês, pois os repasses estão atrasando. “Sei das dificuldades do Estado, mas o governador tem que entender que somos menores e mais fracos. Terei um diálogo novo com ele”, afirmou João.
ARRECADAÇÃO MENOR
Paz explicou à reportagem que a arrecadação deste ano tem uma previsão menor do que a do ano passado. “Teremos que encontrar um equilíbrio entre redução da receita e aumento das despesas para fechar o ano. É um momento difícil para toda a gestão pública, é uma grave crise, mas muitas pessoas não compreenderam ainda. Teremos que fazer um trabalho de conscientização interna e externamente, restringindo muitas coisas, mas não deixando de funcionar o básico, que é Saúde, Educação, Ação Social e as obras que têm que ser administradas”, afirmou.
REAJUSTE
Sobre o reajuste salarial dos servidores municipais, o secretário disse ser alvo de uma pressão muito grande, mas pediu cautela. “É bom para o prefeito e servidores dar aumento, mas é preciso ter o pé no chão, pois não adianta dar aumento agora e começar a atrasar em um ou dois meses. Tem que ter Cautela e analisar a questão dentro da ótica do Brasil”, reforçou.
SINDICATO
O presidente do Sindicato dos Médicos, João Augusto Nascimento, disse que a paralisação da categoria começou por causa da ausência de anúncio de reajuste e tende a se intensificar em decorrência do não pagamento dos salários da categoria até o último dia de maio.
“A Prefeitura por vários anos sempre pagou dentro do mês. Essa gestão manteve o pagamento dentro mês, mas este mês nem pagou no final de semana nem o último dia útil nem no primeiro dia do mês seguinte e o mais conflitante é que ainda não tem uma data para pagar o salário da Saúde, afirmou.
Para ele, o atraso é culpa da “desorganização” da prefeitura. “Eu vim para um evento no qual o prefeito se preocupou em anunciar uma maternidade. É importante, pois gera boa assistência. Mas hoje o que está causando a desassistência temporária, que era evitável, é a desorganização da prefeitura. Até agora o prefeito nem sequer deu uma nota dizendo quando pagará os salários. Está sendo uma greve que poderia ser evitada”, ressaltou.
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