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João, primeiro prefeito de Salvador a sair inelegível

Há quem diga que era sonho, os adversários diziam que era 'alucinação'. Fosse o que fosse, acabou. O prefeito de Salvador, João Henrique de Barradas Carneiro (PP), está inelegível pelos próximos oito anos porque teve o relatório do exercício financeiro de 2009 de sua gestão rejeitado pela maioria dos vereadores no plenário da Câmara na madrugada desta quinta-feira (13)

João, primeiro prefeito de Salvador a sair inelegível

Romulo Faro - Bahia 247

Há quem diga que era sonho, os adversários diziam que era 'alucinação'. Fosse o que fosse, acabou. O prefeito de Salvador, João Henrique de Barradas Carneiro (PP), está inelegível pelos próximos oito anos porque teve o relatório do exercício financeiro de 2009 de sua gestão rejeitado pela maioria dos vereadores no plenário da Câmara na madrugada desta quinta-feira (13).

Por 25 votos a 15 os parlamentares acompanharam o parecer das comissões permanentes da Casa, que, por sua vez, mantiveram a indicação de rejeição das contas por parte do Tribunal de Contas dos Municípios.

A sessão 'histórica', que culminou na rejeição das contas de um prefeito de Salvador pela primeira vez, teve presença de todos os 41 vereadores e foi longa e tensa. Iniciou por volta das 14h30 de quarta-feira (12).

O voto foi secreto e logo após a leitura do resultado, o líder da bancada que defende os interesses do prefeito, vereador Téo Senna (PTC), pediu anulação da votação porque, segundo ele, os colegas Aladilce Souza, do PCdoB, e Gilmar Santiago, do PT, teriam fotografado as cédulas de voto.

Mas o presidente do parlamento, vereador Pedro Godinho (PMDB), manteve o resultado e afirmou que não houve irregularidade no processo. Diante da negativa, Téo Senna prometeu solicitar a fita da sessão para comprovar que houve irregularidade.

Estava prevista para a sessão fatídica também a votação do exercício 2010 das contas de João, que também já foram rejeitadas pelo TCM e pelas comissões temáticas da Câmara, mas às 2h10 a sessão caiu por falta de quórum. Matéria deve ser apreciada na próxima segunda-feira (17).

Fato é que, como dito acima, os vereadores atenderam ao clamor de seus eleitores e não deixaram João Henrique impune pelas irregularidades de sua gestão e pela situação desastrosa pela qual passa hoje a 'cidade do sol', aquela cuja história e cultura são tão ricas, aquela que foi a primeira capital do Brasil.

O prefeito terá, a partir de 1º de janeiro, oito anos para refletir antes de se candidatar a um cargo eletivo novamente.