João recebe "Não Pago", que dá nota zero para reunião: "Prefeito despreparado"

Sergipe 247 - O prefeito João Alves Filho (DEM) recebeu nesta quinta-feira (25), representantes do Movimento Não Pago, que apresentaram uma série de reivindicações sobre o transporte público na capital. A reunião durou mais de duas horas. Para João, algumas das questões já foram conversadas e respondidas de imediato, no entanto, outros pontos precisam ser analisados com calma. Um novo encontro será realizado no dia 5 de agosto.

“Eles alegaram que o cálculo feito pelos nossos técnicos estava equivocado. Como compreendo que todos estão passíveis a erro, pedi que eles trouxessem para a próxima reunião uma relação detalhada e justificada com os pontos que eles consideram equivocados”, disse o prefeito.

Um dos integrantes do movimento, Cleidson Carlos, afirmou que a reunião mostrou o despreparo do prefeito em relação ao assunto. “O termo “herança maldita” foi o mais utilizado pelo prefeito, sempre jogando a culpa nas gestões anteriores”, disse ele, em entrevista ao Jornal do Dia. “O Movimento Não Pago pediu uma solução satisfatória, tendo em vista que o que foi apresentado pelo prefeito em quase 3 horas de reunião não garante qualquer melhoria para a situação dos trabalhadores rodoviários e usuários do transporte público da Grande Aracaju. Isso comprova que as mobilizações devem continuar”, frisou.

O prefeito se disse defensor das manifestações e que considera legítimos os protestos, mas repudiou os atos de vandalismo cometidos em prédios públicos. “Tenho maior respeito pelos princípios da democracia, aos quais os movimentos populares fazem parte, inclusive já fiz parte, mas não podemos confundir nem aceitar que essas manifestações ultrapassem os limites democráticos fazendo quebra-quebra”, ressaltou.

João Alves se comprometeu em analisar todos os pontos abordados pelo movimento e que no próximo encontro apresentará resposta para cada um deles por escrito. "Alguns quesitos é preciso ouvir as pessoas responsáveis pela pasta. Mas respondi de imediato a questão sobre a intervenção da VCA, que não será possível, já que, seríamos responsáveis também pelos passíveis da empresa que já está em milhões. Poderíamos quebrar a prefeitura e não seria justo com os milhares de aracajuanos", argumentou.

"Não foi uma reunião que demonstrou avanço na questão do transporte público. Não houve avanço. Apontamos que ele deve apresentar uma resposta concreta e que não deveria realizar uma reunião a portas fechadas. O mínimo que ele poderia ter dado é que a tarifa da passagem fosse recolocada em R$ 2,25 até avaliar todas as questões. O movimento quer que ele se prepare um pouco mais para a próxima reunião. Queremos dele um posicionamento mais efetivo. Não sabemos ainda se iremos ao próximo encontro", avisou Gleidson Souza, que também integra o Movimento Não Pago, que deu nota zero à reunião com o prefeito. 

Foto: Silvio Rocha/PMA