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Jogo de Simulação de Escravidão na Play Store ensina como açoitar escravos; usuários trocam práticas de tortura

A UNEGRO, entidade do movimento social que combate o discurso criminoso no Brasil, anunciou que entrou com representação por crime de racismo; Google tirou o 'jogo' do ar

(Foto: Reprodução)
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247 - O Google acaba de retirar de loja de download de aplicativos um jogo chamado "Simulador de Escravidão", em que o usuário simula ser um proprietário de escravos para "extrair lucros e evitar rebeliões e fugas".

O “jogo” também consiste em comprar, vender, açoitar pessoas negras escravizadas.

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O produto on line em questão, desenvolvido pela empresa "Magnus Games", exibe a imagem de homens negros trabalhando ao redor de um senhor branco em sua imagem de divulgação.

Os produtores afirmam que o aplicativo foi criado para "fins de entretenimento" e que "condenam a escravidão no mundo real". No entanto, a descrição do jogo sugere que o usuário será capaz de "gerenciar seus escravos, mudar suas condições de vida e treiná-los", além de "proteger seus escravos para evitar que escapem e se levantem" e "fazer negócios, atribuir escravos a diferentes empresas para trabalhar e gerar renda", entre outros elementos.

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É preocupante notar que nos comentários, que deram uma média de nota 4,0 de 5,0 para o aplicativo, alguns usuários deixaram mensagens de ódio e satisfação com o teor do jogo. 

Por exemplo, o usuário Mateus Schizophrenic escreveu: "Ótimo jogo para passar o tempo. Mas acho que faltava mais opções de tortura. Poderiam estalar a opção de açoitar o escravo também. Mas fora isso, o jogo é perfeito!", e ainda deu nota máxima.

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Já a usuária Asriel comemorou: “Muito bom esse jogo, tudo o que eu tenho vontade de fazer na vida real”.

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Vale destacar que todos os comentários foram feitos através de perfis com nomes e imagens falsas. Nenhum usuário que fez apologia ao racismo expôs sua identidade real. 

A UNEGRO, entidade do movimento social que combate o racismo no Brasil, anunciou que entrou com representação no Ministério Público por crime de racismo. 

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Em nota, o Google disse que: “temos um conjunto robusto de políticas que visam manter os usuários seguros e que devem ser seguidas por todos os desenvolvedores. Não permitimos apps que promovam violência ou incitem ódio contra indivíduos ou grupos com base em raça ou origem étnica, ou que retratem ou promovam violência gratuita ou outras atividades perigosas. Qualquer pessoa que acredite ter encontrado um aplicativo que esteja em desacordo com as nossas regras pode fazer uma denúncia. Quando identificamos uma violação de política, tomamos as ações devidas”.

Reação nas redes- Nas redes sociais, a reação foi imediata e internautas cobram uma ação contra a naturalização do racismo presente em plataformas.

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“Precisamos urgente acabar com essa ‘normalização’ do racismo”, destacou uma internauta. 

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