Jogos no Entorno eram exclusividade de Cachoeira
Em seu depoimento, policial Federal Luiz Pimentel explica como funcionava a relação do contraventor com as polícias; durante a oitiva, o juiz Alderico Rocha pediu objetividade: "ninguém quer saber quando você tirou férias"
Brasília 247 – Com cerca de 3 horas de depoimento, a segunda testemunha da audiência do caso Cachoeira, o policial federal Luiz Pimentel, continua sendo ouvida. Pimentel é chefe-substituto do serviço de inteligência da Polícia Federal e coordenava a Operação Monte Carlo, que levou a prisão Carlinhos Cachoeira no dia 29 de fevereiro.
O envolvimento do agente com o caso serviu como argumento para a defesa do contraventor tentar desqualificá-lo como testemunha. "Sou policial federal e só tenho compromisso com a verdade", respondeu Pimentel.
Em seu depoimento, o agente afirmou que Cachoeira controlava o esquema de jogos ilegais no Entorno do Distrito Federal, principalmente nas cidades de Águas Lindas e Valparaíso. "Não observamos nenhum outro grupo que tenha tentado abrir jogos nesta região", detalhou.
O policial federal confirmou o envolvimento do delegado da PF Fernando Bayron com o bando. Pimentel contou que por meio de gravações telefônicas e vídeos pode concluir que o delegado recebia pacotes com dinheiro. Ele disse ainda que Bayron pagava as prestações do apartamento depois de se encontrar com Cachoeira.
Durante uma das resposta, o Juiz Alderico Rocha pediu objetividade ao depoente. "Ninguém quer saber quando você tirou férias", falou o magistrado.
Com informações do Uol e do Correio Braziliense.
Veja mais detalhes de como está sendo a audiência no noticiário anterior:
Brasília 247 – O segundo depoimento da audiência do caso Cachoeira começou por volta das 15h. Durante toda a manhã, apenas uma das 14 testemunhas foi ouvida. Luiz Carlos Pimentel também é agente da Polícia Federal e coordenava o trabalho de transcrição dos grampos.
Pimentel é testemunha de acusação e de defesa de Idalberto Matias, o Dadá.
No início do seu depoimento, Luiz também afirmou que Cachoeira tinha influência nas polícias, inclusive na Federal. O agente está detalhando como o bando tomava conhecimento das ações policiais.
A advogada de Cachoeira, Dora Cavalcanti, considerou que a primeira audição mostra que o contraventor "não exercia o protagonismo no esquema". Para ela, a denúncia está baseada em "meras interceptações telefônicas".
Com informações da CBN.
Confira o noticiário anterior sobre o retorno da sessão:
Brasília 247 – A audiência de instrução do caso Cachoeira recomeçou por volta das 15h, em Goiânia. Há previsão de que 14 testemunhas sejam ouvidas, mas durante a manhã apenas o policial federal Fábio Alvarez prestou depoimento. Neste momento, está sendo ouvido Luiz Carlos Pimentel, também agente da PF.
A advogada de Carlinhos Cachoira, Dora Cavalcanti, pediu na volta do recesso para o almoço que a audiência fosse sigilosa. O Juiz Alderico Rocha negou, e a sessão corre com a presença de jornalistas e familiares. Não foi permitida a entrada de fotógrafos e cinegrafistas.
Os réus devem ser ouvidos na quarta-feira 25, porém os advogados de defesa estão usando a estratégia de prolongar ao máximo cada depoimento. Com isso, o contraventor seria ouvido apenas na quinta-feira 26.
O Ministério Público está analisando a possibilidade de dispensar duas testemunhas para evitar que a sessão seja prolongada. Neste caso, mesmo com a dispensa da acusação, a defesa pode requisitar os depoimentos.
Com informações da CBN e do Correio Braziliense.
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