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“Judiciário está politizado e a política judicializada” diz Lula

Antes de deixar Maceió rumo a Pernambuco, o ex-presidente Lula afirmou, durante entrevista, que o Poder Judiciário está politizado e a política está judicializada e o juiz Sérgio Moro 'estava condenado a condená-lo'; sobre uma possível mudança no sistema de governo para o parlamentarismo ou semiparlamentarismo, ele disse que essa alteração seria "um rearranjo político" de um governo que não se sustenta: "Na verdade, hoje, não temos governo, temos um cidadão que deu um golpe de Estado e está tentando mostrar sua incapacidade de governar o país, com o povo comendo o 'pão que o diabo amassou'

18/10/2014 - O ex presidente Lula, durante ato de mobilização com o governador eleito Fernando Pimentel. Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula (Foto: Voney Malta)
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Alagoas 247 - Minutos antes de deixar a capital alagoana, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva concedeu entrevista, na manhã desta quinta-feira (24), ao Programa Gazeta Manhã, da Rádio Gazeta. Entre vários temas abordados, Lula falou sobre o atual cenário da política brasileira ao afirmar que o Poder Judiciário está politizado e a política está judicializada, declarando que o juiz Sérgio Moro 'estava condenado a condená-lo'. O ex-presidente adiantou não saber se será candidato no pleito de 2018, devido à situação pela qual passa perante a Justiça. 

Na entrevista, Lula falou sobre uma possível mudança no sistema de governo para o parlamentarismo ou semiparlamentarismo, comentando que essa alteração seria "um rearranjo político" de um governo que não se sustenta, e isso se reflete no povo brasileiro. 

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"Na verdade, hoje, não temos governo, temos um cidadão [presidente Temer] que deu um golpe de Estado e está tentando mostrar sua incapacidade de governar o país, com o povo comendo o 'pão que o diabo amassou'. Nós vivemos uma situação que justifica o mau humor da sociedade, por isso, precisamos construir um clima de compreensão", avaliou Lula. 

Questionado pelo apresentador Rogério Costa sobre as eleições de 2018, o ex-presidente não confirmou ser candidato, mas, independente da circunstância, "quer interferir positivamente no processo político brasileiro". 

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"Sou um torneiro mecânico que provou que este país pode ser respeitado, até porque conquistei oitenta e sete por cento de aprovação ao fim da presidência. Acho que quem prevalece é o povo sempre, apesar de o Congresso e a Justiça terem a suas funções. O maior problema, atualmente, é a judicialização da política e a politização do Judiciário", pontuou Lula, enfatizando que o Congresso (Câmara dos Deputados e Senado Federal) não tem credibilidade, sendo necessária a reconstrução de um clima de paz na sociedade para que o Brasil mude. 

Na ocasião, o ex-presidente ponderou que um político não consegue se manter sem alianças, porém, elas não são unânimes. "Você precisa fazer alianças para governar; é inevitável. É preciso, portanto, alguém com credibilidade na sociedade. Sou otimista, ou seja, o Brasil tem conserto, pode dar um salto de qualidade, pode voltar a exportar, desenvolver-se industrialmente", expôs Lula ao acrescentar que "governar é fazer o óbvio, é fazer o que todo mundo sabe o que tem que fazer".

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PROCESSO JUDICIAL

Ao ser indagado sobre o processo da Lava-Jato que responde perante o Tribunal Regional Federal (TRF 4ª Região), após condenação do juiz Sérgio Moro a 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, o ex-presidente Lula disse não se preocupar, uma vez que a própria sentença não deveria ser outra, a não ser a condenatória, provocada por um "conluio em que as pessoas já estão condenadas pelas manchetes dos jornais". 

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"Ele [Moro] estava condenado a me condenar com as manchetes dos jornais. Não se tem, até hoje, nenhuma prova material que me responsabilize. Eu me preocupo com a atividade do MP [Ministério Público], quando há questões políticas envolvidas na investigação; porém, afirmo que este órgão tem o meu respeito", alfinetou Lula. 

CARAVANA 

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Depois de passar pelos estados da Bahia, Sergipe e Alagoas, o ex-presidente e sua comitiva partem para Pernambuco, dando continuidade à série de viagens pelos nove estados do Nordeste na caravana intitulada "Lula pelo Brasil". 

Em Alagoas, a primeira cidade visitada foi Penedo, no começo da noite da terça-feira (22). Ele foi recebido por políticos, militantes, correligionários e a população do município. Lula subiu em um trio elétrico e atacou o presidente Michel Temer (PMDB) e as reformas defendidas por seu governo. Na oportunidade, ele disse que as "propostas destroem as conquistas dos trabalhadores".

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Já nessa quarta (23), o ex-presidente da República partiu para o município de Arapiraca, onde foi recebido por centenas de pessoas no Ginásio João Paulo II, sendo homenageado com o título de Doutor Honoris Causa concedido pela Universidade Estadual de Alagoas (Uneal).

E, na noite de ontem, seguiu viagem com destino à capital alagoana, para discursar no Clube Fênix, no Jaraguá. Na presença de movimentos sociais, ele tocou rabeca e falou que pode mostrar o caminho para mudar a realidade do país. Ele exaltou o legado do seu governo e atacou Temer, afirmando que o país tem uma dívida histórica com o Nordeste. 

Com gazetaweb.com

 

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