TV 247 logo
      HOME > Geral

      Juiz de Fora: aniversário em momento difícil

      Juiz de Fora, após mais de um século e meio de vida, é um dos municípios mais lembrados por todos os mineiros quanto à indústria, pioneirismo e, mais recentemente, por seu ambiente acadêmico repleto de universidades; O momento econômico impõe à população e à Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) uma encruzilhada; Se, por um lado, a cidade deve receber investimentos consideráveis no campo econômico, como a chegada da fábrica de massas e biscoitos M. Dias Branco, que vai aplicar cerca de R$ 305 milhões no município e gerar 600 empregos diretos, por outro obras fundamentais para melhoria na qualidade de vida da população estão atrasadas, como o Hospital Regional, no bairro São Dimas, Zona Norte

      Juiz de Fora, após mais de um século e meio de vida, é um dos municípios mais lembrados por todos os mineiros quanto à indústria, pioneirismo e, mais recentemente, por seu ambiente acadêmico repleto de universidades; O momento econômico impõe à população e à Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) uma encruzilhada; Se, por um lado, a cidade deve receber investimentos consideráveis no campo econômico, como a chegada da fábrica de massas e biscoitos M. Dias Branco, que vai aplicar cerca de R$ 305 milhões no município e gerar 600 empregos diretos, por outro obras fundamentais para melhoria na qualidade de vida da população estão atrasadas, como o Hospital Regional, no bairro São Dimas, Zona Norte (Foto: Luis Mauro Queiroz)
      Luis Mauro Queiroz avatar
      Conteúdo postado por:

      Pautando Minas - Cento e sessenta e cinco anos. Está é a idade que a principal cidade da Zona da Mata mineira, uma das mais importantes de Minas Gerais, atinge hoje. Juiz de Fora, após mais de um século e meio de vida, é um dos municípios mais lembrados por todos os mineiros quanto à indústria, pioneirismo e, mais recentemente, por seu ambiente acadêmico repleto de universidades. Entretanto, a retomada da vocação econômica industrial, perdida nas últimas décadas, e a melhoria nos serviços prestados à população ainda são desafios para a Administração pública. Ao mesmo tempo, novos empreendimentos se aproximam do município, possibilitando que os juiz-foranos olhem para o futuro com esperança.

      O momento econômico impõe à população e à Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) uma encruzilhada. Se, por um lado, a cidade deve receber investimentos consideráveis no campo econômico, como a chegada da fábrica de massas e biscoitos M. Dias Branco, que vai aplicar cerca de R$ 305 milhões no município e gerar 600 empregos diretos, por outro obras fundamentais para melhoria na qualidade de vida da população estão atrasadas, como o Hospital Regional, no bairro São Dimas, Zona Norte.

      A chegada de novos empreendimentos é, de fato, a boa notícia. Apenas a M. Dias Branco, dona de marcas consagradas no ramo de alimentos como Adria, Estrela e Isabela, prevê que os investimentos na ordem de R$ 305 milhões sejam consumados em até cinco anos, com contrapartida do município em garantir alguns incentivos tributários, com benefício para que a empresa adquira o terreno onde vai se instalar (que seria próximo à BR-040) e retorno em isenções fiscais. A expectativa de geração de 600 vagas diretas no mercado de trabalho coloca a chegada da fábrica de massas e biscoitos entre os maiores investimentos recebidos na história da cidade, o maior em 20 anos, apenas atrás da chegada da unidade da Mercedes-Benz, em 1996.

      “Sabemos que Juiz de Fora é uma cidade bem gerida, com localização estratégica e facilidade logística, além de mão de obra qualificada, com boas universidades, o que qualquer empresa privada procura. Uma das melhores opções para investimentos no Brasil”, informou, por meio de nota, o presidente do Conselho de Administração da Companhia, Francisco Ives Dias Branco. Na ocasião do anúncio do investimento, o prefeito Bruno Siqueira (PMDB) chegou a dizer que “o interesse de uma empresa como a M Dias Branco pela nossa cidade” dá à Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) “orgulho e a certeza de estar no caminho certo”.

      Outros aportes financeiros recebidos pelo município estão na loja de departamentos Havan, que chegou a Juiz de Fora no dia 2 de maio, abrindo mais de 200 vagas de emprego e realizando investimento estimado em R$ 30 milhões, ocupando loja de 6.400 m2 na Avenida Brasil, no bairro São Dimas, Zona Norte. Ainda há a expectativa pela abertura do shopping Jardim Norte, vizinho da Havan, que já tem mais de 50% de suas obras concluídas e cuja inauguração está prevista para dezembro deste ano. O empreendimento, segundo sua assessoria, gerará 1.500 empregos diretos, em oito megalojas e 160 lojas satélite, além de praça de alimentação, salas de cinema e supermercado.

      Se, por um lado, a economia do município segue em alta, apesar da crise econômica que atinge o país, os serviços prestados pelo poder público à população seguem defasados. Entre as principais carências, estão o atraso na conclusão do Hospital Regional, cuja obra se arrasta desde 2010, e a morosidade no andamento do processo de licitação para o transporte público urbano.

      A concorrência para implantação de um novo modelo de transporte coletivo, uma das respostas da PJF às manifestações que tomaram as ruas da cidade pedindo melhores serviços, em 2013, está prometida desde a gestão Custódio Mattos (PSDB, 2008-2012) e encontrou diversas barreiras para sua adoção. A principal delas foi a interrupção, pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG), da tramitação do processo de concorrência para uma empresa que ficaria a cargo do estudo técnico para reformulação do transporte público. Na ocasião, em 2009, o TCE suspeitou de irregularidades no processo, paralisando-o até 2013, quando foi liberado.

      Desde então, foi escolhida a empresa responsável pelo estudo, que o entregou à PJF no início deste ano. No dia 11 de agosto, às 9h30, a Prefeitura vai realizar a concorrência para novas companhias integrarem o transporte público urbano de Juiz de Fora. "A prestação do serviço deverá ser dividida em três áreas operacionais com dois lotes a serem operados por duas empresas na cidade, sendo que cada uma deverá utilizar, aproximadamente, 300 veículos para atender a demanda inicial", informou o texto publicado nos Atos do Governo.

      Outra demanda urgente da cidade, mas cujo andamento da principal obra não acompanha as necessidades da população, é na saúde. O Hospital Regional da Zona da Mata é uma promessa de campanha do ex-prefeito Custódio Mattos, que na época desfilou por Juiz de Fora com Aécio Neves, no programa de TV, garantindo aportes do Governo estadual para dar soluções ao trânsito juiz-forano e construir um hospital na Zona Norte.

      A obra, iniciada em 2010, ainda não está concluída. Lá funciona, apenas, a unidade do SAMU Regional, administrado pelo consórcio Cisdeste, que fica a cargo da Rede de Urgência e Emergência  da Macro Sudeste, que atende à Zona da Mata e integra hospitais da região com diferentes especialidades em atendimento. A sede do SAMU, no entanto, funciona cercada pela estrutura ainda não construída do hospital prometido pela antiga Administração estadual.

      Este ano, a gestão Fernando Pimentel (PT), que começou em 2015, prometeu entregar os hospitais a partir de junho. Na última segunda-feira (25), durante o Encontro Mineiro de Saúde, o governador disse que vai “terminar os hospitais regionais que estão inacabados”. “Estamos terminando de pagar as faturas atrasadas e, agora, vamos dar ordem de serviço para retomar as obras dos hospitais regionais.” São 12 hospitais regionais, sendo que apenas um deles está concluído: o de Uberlândia, no Triângulo. Outras 11 regiões, entre elas a Zona da Mata, esperam que as obras sejam concluídas.

      A obra é feita por meio de um convênio celebrado com a Prefeitura, que fica a cargo das administração, o que inclui licitações e contratações. O Governo faz os repasses, e afirmou ao Pautando Minas, por nota, não ter interrompido a destinação de recursos. Hoje, o hospital está 66% concluído, e o restante será finalizado até o segundo semestre de 2016. “O Governo de Minas Gerais está concluindo o pagamento das faturas atrasadas pela antiga gestão e retomando as obras dos hospitais regionais”, informou, por nota, a Administração estadual.

      ❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.

      ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

      iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

      Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: