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Juro menor, crédito maior

Com a menor taxa desde 1995, consumidor se anima a tomar novos empréstimos neste início de ano

Juro menor, crédito maior
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Bruno Bocchini, repórter da Agência Brasil – A taxa de juros média geral para pessoa física apresentou redução de 0,01 ponto percentual em janeiro, passando 5,44% ao mês em dezembro, para 5,43% ao mês em janeiro, a menor desde 1995. Para pessoa jurídica, a taxa de juros média geral manteve-se estável em 3,07% ao mês, a mesma de dezembro, também a menor desde 1995. O levantamento é da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade.

Três das seis linhas de crédito para pessoas físicas pesquisadas mantiveram-se inalteradas em relação a dezembro: cartão de crédito rotativo (juro de 9,3%), empréstimo pessoal feito por bancos (2,93%) e empréstimo pessoal feito por financeiras (6,96%). Juros do comércio (4%) e cheque especial (7,77%) tiveram redução, respectivamente de 0,06 e 0,05 ponto percentual. Financiamento de veículos feito por bancos (1,54%) subiu 0,02 ponto percentual.

Das três taxas de juros cobradas para as pessoas jurídicas, desconto de duplicatas (2,22%) manteve-se inalterada, conta garantida (5,55%) teve queda de 0,02 ponto percentual, e capital de giro (1,45%) teve elevação de 0,04 ponto percentual.

A expectativa associação é que as taxas de juros voltem a ser reduzidas nos próximos meses "por conta da melhora da economia, pela maior competição no sistema financeiro - após os bancos públicos promoverem reduções em suas taxas de juros -, bem como a expectativa de redução dos índices de inadimplência".

Confiança estimula crédito

Marli Moreira, repórter da Agência Brasil - O número de consumidores em busca de crédito aumentou 2,2% em janeiro na comparação com dezembro e 12,3% na comparação com igual período do ano passado, segundo o Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito. A maior procura em relação ao mês anterior ficou concentrada nas regiões Sul (6,9%); Centro-Oeste (4,3%) e Sudeste (1,9%). No Norte houve queda de 1% e no Nordeste, recuo de 1,4%.

O crescimento da demanda foi observado em todas as faixas de renda, mas com percentual de alta maior entre os que ganham mais de R$ 10 mil por mês (3,8%). Na faixa de renda de R$ 5 mil a R$ 10 mil foi constatada alta de 3,7%; entre os que ganham de R$ 2 mil a R$ 5 mil, alta de 3,2%; entre R$ 1 mil e R$ 2 mil (2,8%); entre R$ 500 e R$ 1 mil (1,5%) e até R$ 500 (0,5%).

Na análise dos economistas da Serasa Experian, um conjunto de situações tem levado a maior busca por crédito, entre elas, a regularização de dívidas atrasadas, o que reabilita o consumidor a solicitar novos empréstimos ou crediário. Além disso, na avaliação dos especialistas, o movimento foi estimulado pelos juros mais baixos, pelo aumento da concorrência entre as instituições financeiras e em razão do "bom momento vivido pelo mercado de trabalho".

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