Juros ainda em alta
Essa é a aposta do Itaú para as próximas reuniões do Copom
Do Infomoney - O dilema que cerca o Banco Central sobre se escolherá combater a inflação ou se não criará mais limitações ao crescimento econômico intriga e muito os economistas sobre quais serão os próximos passos a serem dados pela autoridade monetária. E, na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), não foi diferente. Economistas de bancos e consultorias destacaram diferentes cenários para os próximos encontros do Comitê.
E, dentre aqueles que achavam que o BC iria manter os juros, estavam os economistas do Itaú Unibanco. Ilan Goldfajn e Caio Megale destacaram que o ciclo poderia ser interrompido este ano depois da última alta, que elevou a Selic para 13,75%. Isso porque, para eles, a atividade em queda deveria convencer o Copom a interromper o ciclo.
Porém, após a divulgação da ata do Copom, em um tom mais duro, os economistas do Itaú revisaram as suas projeções e agora esperam por novas altas na taxa básica de juro. O BC reafirmou no documento que "o balanço de riscos para este ano é desfavorável, e que os esforços no combate à inflação (...) ainda não se mostram suficientes". A projeção de inflação para 2015 subiu e a para 2016 segue acima da meta, mesmo com os esforços da política econômica, que tem sido traduzidos na desaceleração do crescimento; o que faz o banco entender que o ciclo da alta continuará em julho com alta adicional de 0,50 ponto percentual.
"Acreditávamos que o enfraquecimento importante da atividade econômica este ano levaria o Copom a encerrar o ciclo de alta de juros depois da alta de junho (...) No entanto, o IPCA de maio significativamente acima do esperado e a sinalização da ata de hoje nos convenceram de que o ciclo de aperto monetário deve continuar na próxima reunião do Copom", destacam os economistas do Itaú.
Desta forma, o banco acredita que a taxa seguirá no base de 14,25% até pelo menos o primeiro trimestre do ano que vem, quando deve finalmente entrar em queda. O objetivo de trazer a inflação para 4,5% até o final de 2016 continua sendo reforçado pelos membros do Copom.
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