Kertész e Pelegrino juntos contra ACM Neto
Além da batalha judicial por propagandas irregulares; 'difamação e calúnia'; quem é contra e a favor das cotas raciais e quem participou mais na gestão do prefeito João Henrique (PP), outra temática dá o tom da disputa pelo comando do Executivo de Salvador, a polêmica sobre a tese petista de que o prefeito precisa de alinhamento político para ter uma gestão exitosa; desta vez, para azar de ACM Neto (DEM), o peemedebista Mario Kertész engrossou o coro de Nelson Pelegrino, do PT; a diferença é que Kertész defende o alinhamento apenas com a presidente Dilma
Romulo Faro_Bahia 247
Além da batalha judicial por propagandas irregulares; 'difamação e calúnia'; quem é contra e a favor das cotas raciais e quem participou mais na gestão do prefeito João Henrique (PP), outra temática dá o tom da disputa pelo comando do Executivo de Salvador, a polêmica sobre a tese petista de que o prefeito precisa de alinhamento político para ter uma gestão exitosa.
No novo episódio, veiculado na edição desta terça-feira (25) do jornal Tribuna da Bahia, para azar de ACM Neto (DEM), o peemedebista Mario Kertész (terceiro colocado nas pesquisas), resolveu engrossar o coro contra o democrata, cujo apoio era esperado três meses atrás, na saga pela chamada 'união das oposições'.
A diferença, contudo, no discurso de Mario Kertész com relação ao de Pelegrino é que o petista afirma que o prefeito tem que estar "em sintonia com o projeto do governador (Jaques) Wagner e da presidente Dilma (Rousseff)", seus correligionários.
Kertész, por sua vez, reitera categoricamente as assertivas do adversário quanto à necessidade de entrosamento com a chefe da nação, mas desconversa sobre o técnico do time na Bahia, Jaques Wagner.
Afinal, apesar de o PMDB ser um dos principais aliados de Dilma no Congresso, haja vista o vice-presidente da República ser Michel Temer, aqui PMDB e PT são arqui-inimigos desde 2009, quando o então ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima declarou guerra ao 'Galego' e lançou candidatura à sua sucessão. Fracassou.
"Conheço a máquina e digo com absoluta certeza: nem nos próximos 20 anos Salvador andará com as próprias pernas. ACM Neto fala o que é conveniente para ele. Se ele está sozinho, como vai dizer qualquer coisa diferente? A cidade pode ficar sem o apoio do governo estadual, mas ela é inviável economicamente sem o apoio do governo federal.
Essa transferência constitucional a que ele se refere atende educação e saúde, e os grandes investimentos? Para as grandes obras necessárias, para o reerguimento da cidade, não tem verba carimbada coisa nenhuma", argumentou Mário Kertész. Conforme dito acima, o peemedebista não menciona a posição do prefeito diante do governo do estado.
Aliás, para não dizer que não falou de Jaques Wagner, Mario se lembrou do 'carlismo', a era de duas décadas do 'imperador' baiano, o ex-governador e ex-senador Antônio Carlos Magalhães (ACM).
"Faz-me rir. Quem com ferro fere, com ferro será ferido. Com certeza Dilma e Wagner terão enorme prazer em retribuir, com juros e multa, ao neto, tudo o que ACM, o original, fez com os partidos que lhe fizeram oposição ao longo da vida política", afirmou.
Talvez valha um parêntese aqui para lembrar também que Mario Kertész foi prefeito de Salvador pela primeira vez nomeado pelo então governador ACM, em 1979, o chamado prefeito biônico. Depois de romper com o padrinho político, em 1983, Mario fez campanha solo e se elegeu prefeito (com o voto do povo) em 1986 pelo PMDB. Governou Salvador até 1988.
Enfim, voltando à briga pela necessidade ou não do apoio político da presidente Dilma e do governador Jaques Wagner, Pelegrino desferiu mais uma vez seu discurso pronto contra ACM Neto.
"Acho que o deputado ACM Neto parece não conhecer a cidade e a situação difícil pela qual ela passa. Houve uma diminuição dos recursos e essas medidas que ele vem anunciando servirão apenas para a manutenção da cidade. A proposta dele não tem identidade política com o projeto do governo da presidente Dilma e do governador Wagner", disse o petista.
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