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Lacerda sofre a primeira derrota na Câmara

Surpreendentemente, oposição ao prefeito de Belo Horizonte consegue derrotar projeto de lei na área de educação, enviada pelo Executivo

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Minas 247 - Pode não ter continuidade, mas a ideia da oposição ao prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, de fazer uma oposição mais firme, começa a dar resultado. Nesta terça-feira, o Executivo municipal sofreu sua primeira derrota na Câmara Municipal. Não conseguiu o mínimo de votos (21) entre os vereadores para aprovar projeto de lei que transforma o cargo de educador infantil em professor de educação infantil. Os professores protestaram contra o projeto nas galerias da Câmara.

Leia o texto de Alice Maciel, do jornal Estado de Minas:

A oposição ao governo do prefeito Marcio Lacerda (PSB) na Câmara Municipal começa a ganhar força com a aproximação das eleições de outubro. A prova disso é que ontem o Executivo sofreu a primeira derrota no ano e não conseguiu o número mínimo de votos (21) para aprovar o PL 2.068, de sua autoria, que transforma o cargo público efetivo de educador infantil em cargo público efetivo de professor de educação infantil. Foram 14 votos favoráveis, 12 contrários e sete abstenções. Os professores que fizeram greve de mais de 40 dias marcaram presença no plenário e chegaram até a jogar narizes de palhaço nos parlamentares. O líder do governo, Tarcísio Caixeta (PT), disse que a prefeitura deverá apresentar uma nova proposta, mas sem atender todas as reivindicações da categoria.

Mesmo depois de mais de três horas de reunião, a PBH não conseguiu por votar os outros projetos de seu interesse, como o que cria o Centro de Convenções e o que autoriza a administração a contrair empréstimos, por falta de quórum. O líder também teve que ceder a pressão da oposição e retirou requerimento para colocar na pauta da próxima reunião o PL 1.698 que prevê a venda de 120 terrenos públicos.

A Câmara discutiu em audiência pública o fim do voto secreto, com depoimentos sobre experiências de outros legislativos municipais que já aprovaram projeto parecido ao que tramitando na Casa e marcou novo debate sobre o assunto para dia 29.

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