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Leandrinho: embaixador brasileiro do... futebol?

Craque do basquete na NBA fala de sua paixão pelo futebol em entrevista para a FIFA

Leandrinho: embaixador brasileiro do... futebol? (Foto: REUTERS/Mike Segar)
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FIFA 

- Quando Leandrinho Barbosa assinou seu contrato com o Phoenix Suns em 2003, sabia que seria, de certa forma, um embaixador do basquete brasileiro na NBA. O que talvez não imaginasse era que também viraria um promotor do futebol, esporte que mais praticava quando criança.

Desde que teve contato no Suns com o canadense Steve Nash, torcedor fanático do Tottenham Hotspurs e um dos donos do Vancouver Whitecaps, da MLS, o ala-armador viu a modalidade em que seu país é pentacampeão mundial ganhar muitos adeptos entre os atletas da liga de basquete. Como um dos quatro jogadores brasileiros no campeonato, era natural, então, que o hoje atleta do Indiana Pacers fosse procurado por companheiros e adversários para falar sobre a bola que rola.

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Em meio a sua preparação para as Olimpíadas de Londres 2012, em São Paulo, o paulistano Leandrinho conversou com o FIFA.com sobre quem realmente entende de futebol no mundo da NBA, suas perspectivas sobre a Copa do Mundo da FIFA e, claro, o Corinthians, seu time de coração – embora tenha flertado perigosamente com os rubro-negros do Flamengo em uma breve passagem pelo clube carioca no ano passado. Esse é o início de uma série especial de entrevistas com personalidades brasileiras extracampo falando de futebol a caminho do Brasil 2014. Confira:

FIFA.com: É verdade que você é bom de bola? No caso, com ela nos pés? O curioso é que no basquete, em muitos momentos, com 1,91 m de altura você pode ser visto como um dos baixinhos. Mas, no futebol, estaria no time dos maiores...
Leandrinho: Olha, dá para jogar. Já ouvi pessoas dizerem que eu poderia ser bom como zagueiro, enquanto há outras falam que poderia ser aproveitado como um atacante, porque tenho arrancada boa. Não sei dizer qual, mas eu me viro bem. Geralmente jogador de futebol é bem pequeno. Tem só um ou outro grande.

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Você sempre jogou futebol?
Na verdade a minha intenção, quando era criança, era jogar futebol. Mas era difícil ter uma oportunidade: é muito concorrido, então nunca tentei um clube. Jogava na rua, descalço mesmo, brincando de gol a gol com a molecada. Ou tinham vezes em que ficavam quatro jogadores de um lado e quatro do outro. Mas aí meu irmão mais velho jogava basquete, e acabei seguindo seus passos.

Imaginamos, então, que nessa época já seguia bem o Corinthians.
Nasci corintiano. Quando nasci e meu pai me pegou no colo, ele tinha um pano preto e branco nas mãos para me segurar. Era o que minha mãe e os meus irmãos falavam. Não conseguia ir ao estádio, porque nossa situação financeira era muito difícil. Quando dava pra ver pela TV, assistia em casa, ou ia com meu pai aos barzinhos que passavam os jogos no bairro. Tinha bastante corintiano na vila. Ficava torcendo muito com meu pai. O momento mais feliz, para mim, foi aquele período com o Edílson, Vampeta, Ricardinho (três jogadores que fizeram história pelo clube no final dos anos 90 e início da década passada, sendo bicampeão brasileiro e vencedor também da Copa do Mundo de Clubes da FIFA Brasil 2000). Foi um dos times que trouxe mais felicidade aos corintianos.

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E hoje? Consegue acompanhar nos Estados Unidos?
Acompanho pela TV a cabo, em um canal que passa jogo do mundo inteiro. Tenho a TV Globo também e sempre, quando dá tempo, paro para ver.

Como você vê hoje o momento do futebol nos Estados Unidos?
Agora eles acompanham muito. Veem de tudo: do Brasil, Europa ou a MLS. Temos o Neymar, que é um grande jogador e está sendo bem visto lá fora. Todo mundo pergunta se ele é isso tudo, mesmo. Falo sempre que o futebol aqui no Brasil é muito bom, fortíssimo, pois tem vindo muita gente de fora, não? Na MLS, desde que o David Beckham foi para o LA Galaxy, agora com o Thierry Henry, que é outro cara de mídia, a atenção mudou bastante também. Você vê os estádios sempre cheios.

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Agora nos conte sobre como é a relação dos astro da NBA com o futebol? Sabemos que vocês por vezes brincam de vez em quando na quadra.
No Phoenix Suns, gostava de brincar com a bola, mas não tinha ninguém para jogar. Quando o Steve Nash chegou ao time, aí ficou grande. Acabando o nosso treino, era fatal: íamos direto para o futebol.

Bom, ele é um dos melhores armadores. Mas joga bem futebol?
Ele é muito bom. Do mesmo jeito que joga basquete, joga futebol: se quisesse jogar em qualquer time, conseguiria numa boa. É um apaixonado. Tanto que, agora no dia 27, ele vai organizar o jogo de caridade dele, em Nova York. Reúne um pessoal da NBA e consegue também jogadores de futebol da Inglaterra. Vai ter o Henry também, que ficou bastante amigo da gente desde que foi jogar em Nova York e é um cara muito legal. Aí, quando se juntam jogadores nessa brincadeira, ficam os de basquete de um lado e os do futebol do outro, e queremos ganhar!

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Quem mais joga?
No Phoenix, tinha também o Boris Diaw, que é francês, bem alto, mas manja, e o Goran Dragic, que é da Eslovênia. Mas um cara que joga bem também e nos deixou de queixo caído foi o Shaquille O'Neal, que é goleiro. Com 2,16 m de altura, gosta de se jogar no chão, então a gente abria um colchonete depois do treino e improvisava duas traves. Ele adorava e desafiava a gente. Aí o time inteiro veio depois. No Indiana, o George Hill era goleiro na universidade. No Toronto Raptors, tinha o José Calderón, espanhol. Ele torce para o Real Madrid, e eu adoro o Barcelona, então tinha essa rivalidade. Sempre que tinha o clássico, a gente batia uma aposta. Quando saí de Toronto, foi bem quando o Real Madrid ganhou do Barcelona. Aí ele me ligou, reclamando, que tinha ganhado, e eu não estava lá.

Daqui a dois anos, teremos a Copa do Mundo da FIFA no Brasil. O que você espera desse torneio?
Mal posso esperar, acho que vai ser uma loucura, o país todo envolvido e agitado. Não existe país apaixonado como o Brasil. Nesta semana, com o Corinthians na Libertadores, já vimos como São Paulo ficou. Então imagina o país todo assim?

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Para fechar, qual é sua principal lembrança de uma Copa do Mundo?
Já assisti a várias, mas não pessoalmente. A que me marcou bastante foi a do tetracampeonato em 1994, nos Estados Unidos. Eu estava com 12 anos e lembro da festa. Tinha o Bebeto, o Romário, e o Ronaldo estava apenas surgindo. Foi uma grande conquista, a primeira em 24 anos, e aquele título ficou na minha mente por muitos anos.

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