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    Leilões de Galeão e Confins recebem cinco propostas

    Invepar e a Odebrecht confirmam interesse pelos aeroportos; segundo a Reuters, a espanhola Ferrovial, operadora do aeroporto Heathrow, em Londres, também teria entrado no leilão junto com a brasileira Queiroz Galvão; a operadora francesa ADP e a holandesa Schiphol estariam associadas à brasileira Carioca Engenharia; e a brasileira CCR deve entrar com os operadores dos aeroportos de Munique e Zurique

    Belo Horizonte_MG, 14 de janeiro de 2013. Imagens de obras em Belo Horizonte. Foto: JOAO MARCOS ROSA / NITRO (Foto: Roberta Namour)

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    Por Roberta Vilas Boas
    Reuters - Cinco grupos devem disputar na próxima sexta-feira a concessão do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, sendo que pelo menos três deles também disputarão o aeroporto de Confins, em Minas Gerais, disse à Reuters uma fonte do governo que acompanha de perto o processo de concessão.

    Nesta segunda-feira, foram entregues na sede da BM&FBovespa as propostas para os leilões dos aeroportos. Apenas a concessionária Invepar e a Odebrecht, que atua nas áreas de construção e infraestrutura, confirmaram a entrega de propostas, em consórcios diferentes.

    A Odebrecht informou, por meio de um representante presente na entrega, que formou consórcio com a Changi Airport, de Cingapura, e que tem ofertas para os dois aeroportos.

    Já o presidente da Invepar, Gustavo Rocha, presente na entrega da proposta de seu grupo, afirmou apenas que a oferta foi entregue, e não quis dar mais detalhes sobre a composição de seu consórcio.

    Uma fonte, porém, informou que a Invepar integra o consórcio formado por Ecorodovias e pela alemã Fraport, com uma participação minoritária de 14,99 por cento. Ecorodovias e Fraport possuem 42,505 por cento cada.

    A Invepar já detém a concessão do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, leiloado no início de 2012, e só pode participar de nova concessão se tiver uma participação máxima 15 por cento no consórcio, segundo as regras definidas pelo governo.

    Segundo uma fonte do governo, o leilão teria ainda mais três consórcios, entre eles um formado pela concessionária de rodovias brasileira CCR e os operadores dos aeroportos de Munique e Zurique. Procurada pela Reuters, a CCR confirmou que se inscreveu, mas não informou com quais sócios e nem para qual aeroporto.

    A espanhola Ferrovial, operadora do aeroporto Heathrow, em Londres, teria entrado no leilão junto com a brasileira Queiroz Galvão, segundo a fonte.

    A operadora francesa ADP e a holandesa Schiphol estariam associadas à brasileira Carioca Engenharia.
    Na quinta-feira a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) deve divulgar os nomes dos consórcios classificados para o leilão.

    De acordo com o edital, o aeroporto de Galeão exigirá um lance mínimo de 4,828 bilhões de reais e Confins, de 1,096 bilhão de reais. O valor final do lance será pago em parcelas anuais ao longo do prazo de concessão, que é de 25 anos para o Galeão e de 30 anos para Confins.

    Os investimentos estimados no aeroporto fluminense são de 5,7 bilhões de reais e no mineiro, de 3,5 bilhões de reais. Segundo a Anac, Galeão e Confins respondem juntos por 14 por cento da movimentação de passageiros e 10 por cento de carga no país.

    Entre os investimentos exigidos pelo governo estão a construção de 26 novas pontes de embarque e a ampliação do pátio de aeronaves do Galeão até 2016.

    Em Confins, o vencedor terá, entre outras coisas, que construir um novo terminal com no mínimo 14 pontes de embarque 7também até 2016.

    Os vencedores terão que se associar à estatal Infraero, que terá 49 por cento de participação nas futuras concessionárias.

    Essa é o segundo movimento desse tipo no setor aéreo, após a licitação dos terminais de Guarulhos (SP), Viracopos (SP) e Brasília (DF), em fevereiro de 2012, nos quais a Infraero também entrou, posteriormente, como sócia e quando o governo arrecadou 24,5 bilhões de reais com as concessões.

    O primeiro leilão de concessão de aeroportos, o de São Gonçalo do Amarante (RN), realizado em 2011, teve um modelo diferente, gerando uma concessão 100 por cento privada, ou seja, sem a participação da Infraero.

    (Reportagem adicional de Leonardo Goy; Edição de Juliana Schincariol e Raquel Stenzel)

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