Lindbergh sobre violência da PM: “Ação orientada”
Senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que esteve no ato de São Paulo ontem contra o governo Temer, anuncia que entrará com recurso na OEA, junto com o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) e o ex-presidente do PSB Roberto Amaral, contra a violência da Polícia Militar de São Paulo; "Essa ação parece algo orquestrado do governo Temer", declarou, sobre as bombas e o gás disparados pelos policiais no fim de um ato pacífico, quando os manifestantes já iam para casa; "Não podemos aceitar essa escalada autoritária. Essa coletiva tem o sentido de dar um basta e dizer que não vamos nos intimidar", disse Lindbergh; Teixeira contou que pessoas foram presas sem motivo e sem acesso a advogados; Roberto Amaral foi atingido por bomba
247 – O senador Lindbergh Farias (PT-RJ), o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) e o ex-presidente do PSB Roberto Amaral vão entrar com um recurso junto à Corte Interamericana de Direitos, ligada à OEA (Organização dos Estados Americanos), denunciando a violência da Polícia Militar de São Paulo contra protestos contrários ao governo de Michel Temer, contra o golpe e por novas eleições presidenciais.
Em coletiva de imprensa concedida nesta segunda-feira 5, Lindbergh, que esteve no ato de São Paulo neste domingo, demonstrou sua indignação contra a ação da PM, que disparou bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo já na dispersão da manifestação, que foi realizada sem qualquer incidente. As bombas atingiram manifestantes que iam para casa e até passageiros no metrô e em ônibus.
"Essa ação parece algo orquestrado do governo Temer", declarou. "Não podemos aceitar essa escalada autoritária. Essa coletiva tem o sentido de dar um basta e dizer que não vamos nos intimidar", acrescentou Lindbergh. "A nossa batalha era no Congresso, mas agora é junto com o povo, nas ruas, para defender a democracia", ressaltou.
Paulo Teixeira contou que um grupo de pessoas foi preso sem motivo e sem acesso a advogados. "O delegado não conseguiu explicar a razão pela qual estava prendendo 27 jovens, nem por que não permitiu a entrada dos advogados", denunciou. "É uma escalada de violência articulada, em parte praticada pela PM. Na semana passada, teve uma jovem que perdeu a visão de um olho, ontem poderia ter acontecido uma desgraça", alertou.
"A cada ato que eles fizerem isso, vai dobrar o número de manifestantes em solidariedade e contra o regime de exceção", disse ainda o deputado. "Queremos a proteção ao direito sagrado de se manifestar, não a repressão orquestrada", afirmou.
Em nota, a PM alegou ação de vândalos para agiu: "Em manifestação inicialmente pacífica, vândalos atuam e obrigam PM a intervir com uso moderado da força / munição química". Não foi registrado, porém, depredações durante o ato. "Comando da PM diz que agiu a pedido do Metrô. Mas a segurança do metrô desmentiu a PM e disse que ñ houve vandalismo e que ñ acionou ninguém", postou ontem o deputado Ivan Valente (Psol-SP).
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