Livro que será lançado hoje contará a história do ex-governador Hélio Garcia

Pautando Minas - Será lançado hoje o livro “Hélio Garcia em poucas palavras”, que vai contar um pouco da história de Hélio Garcia, ex-governador de Minas Gerais, que foi o chefe do Executivo estadual entre 1984 e 1987, e entre 1991 e 1994. O livro será lançado às 19h no Museu Inimá de Pádua, em Belo Horizonte. A iniciativa parte de diversas personalidades mineiras e políticos do estado que conviveram com Hélio Garcia. Hoje, com 84 anos, o ex-governador sofre de problemas cardíacos e tem problemas de memória, mas é lembrado como um dos grandes nomes ainda vivos da política mineira. Em razão dos problemas de saúde, ele estará em casa, mas parte de sua família e de seus colegas e admiradores na política estará presente ao evento.

A obra lembra muitas passagens da sucessão estadual em 1982, a primeira no período da transição para a democracia, quando Hélio era vice de Tancredo Neves, que deixou o Governo para concorrer à presidência da República, cargo que alcançou, mas não pode exercer devido a uma diverticulite que o levou à morte. Os dois, para chegarem ao Palácio da Liberdade pelo PMDB (então o partido da oposição), venceram o então candidato do PDS (que representava nacionalmente a situação, herdeiro da Arena) Eliseu Resende, ex-ministro dos Transportes do Governo militar, durante o mandato de João Baptista de Oliveira Figueiredo (1979 – 1984).

“Uma coisa é certa: a presença dele como vice-governador na chapa de Tancredo e seu papel na coordenação da campanha foram fatores decisivos nessa vitória conquistada a duras penas”, avaliou, em entrevista concedida ao Estado de Minas, o ex-deputado federal Roberto Brant.

Recentemente Hélio Garcia sofreu diversos revezes pessoais e financeiros, com o agravamento de seus problemas de saúde e o desenvolvimento de problemas neurológicos que hoje lhe causam lapsos de memória. De um desentendimento entre suas filhas resultou a dúvida sobre quem administraria os seus bens, que inclui uma grande propriedade rural em Santo Antônio do Amparo. A fazenda chegou a render R$ 9,5 milhões anuais, no seu auge. Ela passou a ser administrada por um curador, seu ex-secretário Evaristo de Pádua Abreu, que esfacelou seu patrimônio, inviabilizando-a economicamente. Hoje, Hélio Garcia vive com uma aposentadoria de cerca de R$ 10 mil reais, no bairro Santo Agostinho, região Centro-Sul de Belo Horizonte.