Lixo hospitalar será devolvido aos EUA

PE247 – Exames realizados pela Polícia Federal (PF) comprovaram que as 46 toneladas desembarcadas no Porto de Suape, há dois meses, são lixo hospitalar proveniente dos Estados Unidos. De acordo com reportagem publicada nesta terça-feira (20) pelo Jornal do Commercio, a juíza substituta da 4ª Vara Federal em Pernambuco, Ethel Francisco Ribeiro, indicou a devolução do material para o Porto de Charleston, no estado americano da Carolina do Sul. A magistrada anexou em sua decisão o texto do parecer da PF que baliza como positiva a origem do conteúdo dos contêineres apreendidos em Suape. O material deverá ser devolvido ainda na primeira quinzena do próximo mês.

O texto do processo (nº 0020132-48.2011.4.05.8300) indica que todas as partes envolvidas na investigação (Polícia Federal, Receita Federal, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Ministério Público Federal (MPF), Alfândega americana e o Federal Bureau of Investigation (FBI) concordam pela devolução da carga. O que descarta de vez a possibilidade de sua incineração em solo brasileiro.

A solicitação de devolução da carga – classificada como "material hospitalar e potencialmente infectante – foi realizada pela empresa NA Intimidade Ltda e a Alfândea do Porto de Suape, que autoriza a operação, assinou, na última segunda-feira (19), o despacho da carga.

O desembarque da carga foi realizado no dia 11 de outubro. Foram 12 toneladas de tecidos que traziam manchas de sangue misturados com material hospitalar, como seringas e cateteres. Na oportunidade, a Polícia Federal abriu inquérito para investigar se a empresa responsável pela importação da carga era consciente do tipo de produto, que seria aproveitado, em sua maior parte, para a confecção de foros de bolso de calças jeans e bermudas que seriam comercializados no Pólo de Confecções do município de Santa Cruz do Capibaribe (Agreste pernambucano).