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Má qualidade do ar faz aumentar atendimentos em hospital

Não chove há mais de um mês em São Paulo; na segunda, a umidade relativa do ar chegou a 32% e a capital ficou em estado de observação; ideal para a saúde é que a umidade fique acima dos 60%

Má qualidade do ar faz aumentar atendimentos em hospital (Foto: Luis Moura/Folhapress)
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Agência Brasil - Há mais de um mês sem chuvas significativas e com baixa umidade relativa do ar, a capital paulista registra este mês aumento no número de atendimentos em hospitais. Na tarde de ontem (20) a umidade relativa do ar chegou a 32% e a capital ficou em estado de observação, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE). O ideal para a saúde é que a umidade fique acima dos 60%, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Entre as consequências do tempo seco estão o agravamento de doenças respiratórias, infecções das vias aéreas e viroses e ardência e ressecamento nos olhos, boca e nariz. No Hospital Municipal Infantil Menino Jesus, a procura por atendimento aumentou quase 40%. Segundo o diretor da unidade, Antônio Carlos Madeira, enquanto em dias comuns são atendidas cerca de 130 crianças, em dias de baixa umidade esse número passa para 180.

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"Nós não temos um parâmetro fixo, mas observamos que, em períodos com muitos dias sem chover e em que a umidade do ar cai muito, o movimento cresce em função de doenças respiratórias. De um mês para cá, o movimento tem sido maior do que o habitual. O que as crianças têm nessa época são gripes, resfriados, dores de garganta e ouvido, bronquite, sinusite, pneumonia e broncopneumonia".

O pneumologista Fábio Pereira Muchão, do Ambulatório Médico de Especialidades (AME) do bairro de Heliópolis, zona sul da capital, ressalta que a baixa umidade do ar dificulta a dispersão de poluentes, que acabam inalados pelas pessoas e provocam problemas respiratórios e infecções. "Com o ar mais seco, as vias aéreas são diretamente afetadas, facilitando a entrada de vírus e bactérias. A prevenção é o melhor remédio", destaca. Ele ressalta que as crianças e idosos são os mais vulneráveis e os que sofrem mais com o tempo seco.

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Igor Polonio, pneumologista da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, também enfatiza que todos os anos na época de estiagem cresce o número de pessoas com infecções respiratórias. "Principalmente crises de bronquite e enfisema. Em geral, o atendimento tanto no pronto-socorro quanto no setor de pneumologia aumenta com pessoas com tosse crônica, asma e infecções". Ele alerta que o perigo costuma ser maior para pessoas com doenças crônicas porque, a cada crise as funções pulmonares vão diminuindo e não há retorno. "Por isso, fazemos de tudo para que essa pessoa não tenha crises, mas com o tempo seco isso fica quase impossível."

Para tentar prevenir as crises, as dicas são ingerir bastante líquido, não fazer exercícios físicos entre as 10h e as 17h, período em que a umidade do ar fica mais baixa, deixar um recipiente com água ou um pano molhado no quarto antes de dormir, não usar o umidificador elétrico por muitas horas seguidas, para evitar que o ambiente fique muito úmido e cause mofo e bolor, lavar as narinas com soro fisiológico ou fazer inalações com o produto, manter os ambientes arejados e livres de tabaco e poeira, evitar frequentar lugares fechados em que haja grande concentração de pessoas.

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