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Maceió registra 217 assaltos a ônibus

O bairro do jacintinho apresenta o maior número de assaltos a ônibus, na capital alagoana; apesar da redução do número em comparação aos meses de janeiro a maio do ano passado, este ano ocorreram 217 ataques a coletivos, de acordo com dados do Comando de Policiamento de Capital (CPC)

Prefeito Rui Palmeira Reinaugura Terminal de ônibus do Mercado da Produção. Foto:Marco Antônio/Secom Maceió (Foto: Voney Malta)

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Alagoas247 - Apesar da redução do número de assaltos a ônibus em comparação ao cinco primeiros meses do ano passado, Maceió registrou 217 ataques a coletivos nos primeiros meses de 2015. O bairro do Jacintinho é o que concentra o maior número de casos. Só entre janeiro a maio, 18 assaltos vitimaram passageiros e funcionários em dois trechos da Avenida Coronel Paranhos. 

Segundo informações do Comando de Policiamento de Capital (CPC), os trechos mais vulneráveis aos assaltos ficam nos pontos de ônibus próximos a uma emissora de TV, no topo da ladeira, e a uma emissora de rádio, por onde passam várias linhas, como Trapiche/Hospital Usineiros, Benedito Bentes/Centro, Benedito Bentes/Trapiche da Barra, Village/Trapiche e Pontal/Terminal Rodoviário. 

Foi no Jacintinho que, no último sábado, um coletivo da empresa São Francisco foi alvo da ação de vândalos. O veículo foi incendiado e a Secretaria de Estado da Defesa Social e Ressocialização (Sedres) informou que o ato foi uma represália a uma operação policial que resultou na morte de um homem acusado de comandar o tráfico de drogas na região da Grota do Moreira. O local está com reforço no policiamento desde o fim de semana.

Ao todo, 18 assaltos ocorreram nesta região, onde motoristas, cobradores e passageiros foram rendidos, sendo levados nas ações dinheiro e objetos pessoais. Já a Feirinha do Tabuleiro fica em segundo lugar no ranking de assaltos a coletivos, totalizando sete invasões.

A reportagem foi até a região, na manhã desta terça-feira (9), e conversou com moradores e usuários de ônibus. O sentimento é de medo e insatisfação. “Tem muito assalto por aqui. Vejo toda hora o pessoal gritando aqui na frente. É um sufoco. Eu só fico dentro de casa, nem saio”, disse Maria Gilvanete, que mora em frente a um ponto de ônibus. 

A comerciante Maria Josefa também comenta sobre a falta de segurança no local. “É assalto praticamente todo dia. Se der bobeira com o telefone então, aí é que eles tomam. Eles passam de moto olhando quem está vacilando e isso acontece durante o dia também. Nessas horas, nunca tem polícia”, relata. 

Laura dos Santos, que sempre pega ônibus próximo à emissora, disse ter presenciado um assalto durante a tarde. “Tem muito assalto e não tem horário. É de dia e de noite. Eu tenho medo, mas não tem o que fazer. Um dia desses eu estava aqui e eles passaram e levaram a bolsa de uma moça às três horas da tarde”, reforça.

Redução no geral

O número de assaltos, entretanto, sofreu redução se comparado aos cinco primeiros meses do ano passado. Em 2014, houve 542 assaltos a coletivos e, neste ano, 217 até a 1ª quinzena de maio. Para o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Alagoas (Sinttro/AL), a São Francisco é a empresa que sempre lidera o número de assaltos. 

“Mesmo com redução, não comemoramos nada, porque o número de assaltos ainda é grande. A São Francisco roda em uma região de alta periculosidade e por onde há muitas rotas de fuga. As abordagens têm aumentado, mas sentimos falta de prisões e investigação por parte da Polícia Civil. Frequentemente, estamos nos reunindo com a cúpula da Segurança Pública, com o objetivo de amenizar a violência”, comentou o presidente do Sinttro, Écio Ângelo.

Com gazetaweb.com

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