Mainardi: para conter a crise, Sartori usa um "xarope qualquer"
Líder da Bancada do PT na Assembleia Legislativa, deputado Luiz Fernando Mainardi disse que o voto dos membros do seu partido será marcado pela coerência entre a prática e o discurso, ao contrário de outros parlamentares que no governo Tarso Genro estavam na oposição e agora estão na base de sustentação do governo Sartori; o parlamentar ironizou o "remédio" usado pelo Executivo para combater a "profunda crise"; "Esperávamos um antibiótico forte para reabilitar o Estado, mas o que vimos é o Estado ministrando um xarope qualquer, insuficiente sequer para reduzir a febre", disse
Rio Grande do Sul 247 - O líder da Bancada do PT na Assembleia Legislativa, deputado Luiz Fernando Mainardi disse, nesta terça-feira (16), que o voto dos membros do seu partido será marcado pela coerência entre a prática e o discurso, ao contrário de outros parlamentares que no governo Tarso Genro estavam na oposição e agora estão na base de sustentação do governo Sartori.
O parlamentar ironizou o "remédio" usado pelo governo para combater ao que vem alardeando, nos últimos cinco meses e meio, como uma "profunda crise". "Esperávamos um antibiótico forte para reabilitar o Estado, mas o que vimos é o Estado ministrando um xarope qualquer, insuficiente sequer para reduzir a febre", disse.
Mainardi fez referência a alguns projetos que compõem o pacote do atual governo e que já foram apresentados na gestão anterior, mas receberam fortes críticas e bloqueios da oposição, naquela época. O líder petista se referiu, por exemplo, ao projeto que cria a Banrisul Seguradora, uma estrutura societária para atuação no ramo de distribuição de seguros, previdência e capitalização.
"Para atingir o governo Tarso se falseava com a verdade. O mesmo projeto do Banrisul foi atacado pelo atual secretário da Fazenda, Giovani Feltes, que, na época, dizia, de forma agressiva, que a proposta não era boa para o Rio Grande, que representava os interesse do(banqueiro) Daniel Dantas. Hoje, apresentam o mesmo projeto e isso mostra uma enorme incoerência", disparou o petista.
Mainardi chamou a atenção para a proposta do governo que trata da revisão dos benefícios fiscais. O deputado afirmou que o Fundopem (Fundo Operação Empresa do Estado do Rio Grande do Sul) é um grande programa, um instrumento de atração de investimentos para o Rio Grande do Sul, mas, de acordo com ele, não se pode aceitar uma medida como a que está sendo proposta, permitindo que se reduza 70% dos benefícios fiscais.
“Se tiver empresa que não cumprir com as condicionalidades, como a geração de empregos, por exemplo, ela quebra o contrato e, por isso, deve ter seus benefícios suspensos. Mas, não podemos conceder, na forma de um cheque em branco, o poder discricionário ao governador para que ele, soberanamente, decida quais os incentivos que serão suspensos. Um governo que induz empresas a não respeitar contratos está fadado a prejudicar a economia do próprio Estado”, disse.
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