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Mais lulista dos tucanos, Teotônio vê Dilma X Aécio

Governador de Alagoas, que polemizou no PSDB ao defender o amigo Lula no caso Rosemary, aposta firme no senador mineiro na disputa pela presidência. “O PSDB nacional já definiu conceitualmente o seu candidato. É o Aécio”

Mais lulista dos tucanos, Teotônio vê Dilma X Aécio

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Minas 247 - O senador Aécio Neves (PSDB-MG) ganhou mais um aliado de peso entre os tucanos para confirmar-se como o nome dos tucanos na disputa pela presidência da República, em 2014. O governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho, declarou não apenas ter certeza que Aécio será o nome do PSDB nas eleições do ano que vem, como defendeu firmemente o voto no ex-governador mineiro.

Teotônio virou polêmica no PSDB pela defesa que costuma fazer, sempre quando chamado, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No polêmico caso Rosemary, por exemplo (referente a denúncias contra a ex-chefe de gabinete da presidência Rosemary Noronha), o governador alagoano defendeu totalmente Lula.

O governador  defende explicitamente o voto em Aécio em 2014, contra Dilma. “Eu voto Aécio Neves de olhos fechados”, afirmou ao blogueiro alagoano Luis Vilar. 

Há um aspecto simbólico na aposta de Teotônio em Aécio. Ele é filho do ex-senador Teotônio Vilela, que deixou o partido que apoiava o regime militar no fim dos anos 1970, filiou-se ao PMDB e, depois, passaria a ter importante papel no processo de redemocratização do país. É sabido que Aécio tem sido estimulado por amigos e tucanos a tentar reeditar um pouco do “clima” daquele período, com palavras de ordem como patriotismo e democracia.

Leia o post do Blog do Vilar:

O governador do Estado de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB) – um dos tucanos mais próximos do PT do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, por conta do sentimento de amizade e os laços, conforme o próprio Vilela, “republicanos” – acredita que o PSDB vai disputar a presidência da República apresentando Aécio Neves como nome de “consenso” (entre aspas gigantescas) entre o tucanato.

“O PSDB nacional já definiu conceitualmente o seu candidato. É o Aécio. Pelo que sinto ele será candidato, pois só não para a disputa se não quiser”, destacou. Vilela – que recentemente foi criticado por líderes tucanos pela solidariedade prestada a Lula no caso Rosemary – demonstrou total apoio a candidatura de Neves numa eventual disputa com a atual presidenta Dilma Rousseff (PT).

“Eu voto Aécio Neves de olhos fechados”. Questionado sobre a competitividade do nome de Neves em relação aos números positivos de avaliação do governo de Dilma Rousseff, o tucano “simpatizante de Lula e Dilma” frisou: “O PSDB é um partido que mostrou que sabe fazer gestão e sabe ganhar eleição. E eu sou testemunha do empenho do Aécio Neves quando ele parte para um processo eleitoral. Pude presenciar isto quando senador da República”.

Para justificar o saber ganhar eleição – após as derrotas de Geraldo Alckmin e José Serra nas disputas pela presidência da República – Vilela explicou: “o PSDB tem oito governadores (apesar da aproximação entre Vilela e Lula, ele entra na conta, claro!) e cinco prefeituras de capitais. Então, é uma boa base política para um projeto para 2014”. O problema é o partido construir este projeto, pois é uma oposição que se mostra desarticulada e sem norte, como se viu no próprio caso envolvendo o governador alagoano.

Mas, é o próprio Vilela que avalia: “o que o partido precisa é construir um discurso que motive a opinião pública. Este é o grande desfio, pois os tucanos sabem fazer política, possuem base e sabem governar”. Bem, não é o que tem dito as urnas. Apesar das oito vitórias, a derrota em São Paulo foi sonora, por exemplo. O desafio parece ser bem maior ao partido, que tem cada vez ocupado menos espaço como voz de oposição, inclusive com severos desentendimentos internos.

Teotonio Vilela Filho também falou sobre José Serra. Ele duvidou da possibilidade de Serra – como foi cogitado em algumas notas na imprensa nacional – sair do partido. “Existem tucanos que jamais deixarão o PSDB. O Serra é um; eu sou outro”. Com isto, o tucano também responde as especulações sobre sua ida ao PSB e ainda acrescenta: “nunca sequer recebi o convite do governador (de Pernambuco) Eduardo Campos. Eu e o Eduardo temos grandes parcerias, com projetos para nossos estados, além de uma forme amizade. Temos várias ideias conjuntas como a construção de um Aeroporto na fronteira, próximo à cidade de Maragogi”.

Vilela ainda definiu o PSB como um grande parceiro em Alagoas e com o pensamento alinhado aos tucanos. “Aqui em Alagoas, por exemplo, é uma sigla que tem tantas secretarias quanto o PSDB, no governo. Com Kátia Born, Alberto Sextafeira e o Jardel Aderico. Mas, há apenas uma parceria. Permaneço no PSDB”.

O governador de Alagoas evitou falar sobre os projetos para si mesmo em 2014. “Eu não vou discutir isto agora. Quem está em plena campanha é o senador Fernando Collor de Mello (PTB). Eu vou trabalhar por Alagoas. Nem sei se vou ser candidato”. Questionei a ele sobre este ser um caminho natural, que já foi inclusive traçado por outros governadores em todo o país. “É, mas não pelos governadores que são motociclistas”, brincou. Mas, é óbvio que 2014 não passará em branco para Vilela: o Senado se encontra sim no horizonte!

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