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Mal de Parkinson. Doença ataca também os mais jovens

  Ainda considerada uma doença que atinge sobretudo os idosos, o Mal de Parkinson ataca também pessoas que ainda estão longe da meia idade. Inúmeros pacientes ainda estão na vida ativa e exercem uma profissão no momento do diagnóstico, estabelecido aos 58 anos de idade, em média. Eles devem então, enfrentar os sintomas debilitantes da doença.

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Por Anne Prigent – Le Figaro Santé 

«Uma dor recorrente no ombro, uma certa dificuldade para escrever, momentos de cansaço. Eu atribuía esses pequenos sinais à minha prática intensiva de voleibol, aos dias mais carregados de trabalho.» Aos 50 anos de idade, Philippe, médico, levou dois anos para estabelecer um diagnóstico sobre sua doença de Parkinson. Para Isabelle, a doença manifestou-se aos 48 anos de idade: «Eu tinha dores do lado direito e, ao andar, eu sempre prendia os pés no tapete.» A notícia de sua doença foi um verdadeiro tsunami. «Para mim, tratava-se de uma doença de pessoas idosas, que tremem as mãos», ela relata.

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Para a maioria de nós, a pessoa com mal de Parkinson é um velho trêmulo. Errado! Atualmente, a idade média do diagnóstico é de 58 anos. Dos 25 mil novos casos levantados a cada ano na França, muitos pacientes ainda trabalham.

O mal de Parkinson, doença relacionada com a destruição dos neurônios dopaminérgicos, é uma doença do movimento. A perda da dopamina causa de fato uma perda dos gestos automáticos e, portanto, uma maior lentidão dos movimentos, uma falta de destreza dos gestos. Muitas vezes, trata-se dos primeiros sinais visíveis, especialmente em pessoas mais novas. «Os pacientes vão demorar para abotoar seu casaco, ficar desajeitados ao escovar os dentes, não irão mais balançar um de seus braços ao caminhar », explica o Prof. Philippe Damier, neurologista no Hospital Universitário de Nantes. 

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A imprevisibilidade dos sintomas

Quando os primeiros sintomas clínicos aparecem, a doença, existente há vários anos, já destruiu de 50 a 70 % dos neurônios. «Uma vez que a doença é declarada, não sabemos como curá-la », diz a Dra. Fabienne Ory-Magne, neurologista no Hospital Universitário de Toulouse. Os pacientes, especialmente quando são jovens, devem então aprender a viver com «esta co-locatária indesejada», como a denominou Isabelle.

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Apesar dos tratamentos que, nos primeiros anos, podem corrigir os transtornos motores, a fadiga, a dor, as insônias ou a ansiedade, fazem parte do dia a dia dos pacientes. Inconvenientes que, para sete em cada dez pessoas, causam modificações significativas na sua atividade profissional, de acordo com uma pesquisa realizada pela France Parkinson em 2013.

«O problema principal é a imprevisibilidade dos sintomas, especialmente a fadiga. Em alguns casos, ela exige uma flexibilidade dos horários», diz o Prof. Philippe Damier. «Gerente de produto, eu viajava entre 50 mil a 70 mil quilômetros por ano. Isso é impossível hoje. Um simples trajeto de carro entre a região Oeste e Paris me solicita um tempo bastante longo de recuperação», diz Pascal, atualmente à procura de um emprego. Isabelle hoje trabalha apenas meio-período. «Se eu trabalhar em tempo integral, não tenho mais nenhuma energia para fazer outra coisa.» Philippe continuou a trabalhar como médico em tempo integral durante cinco anos. «Mas eu trabalhava em um consultório com outros médicos. Deixei os plantões para meus colegas, organizei meus compromissos, abandonei as visitas domiciliares», explica o médico. Ele também abandonou a prática do vôlei a nível de competição mas manteve uma atividade esportiva regular. «Há dez anos, os neurologistas não nos falavam da importância da atividade física. Perseverei por gosto, e não por aconselhamento médico», diz ele.

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Foi uma boa ideia. Pois desde então, a reabilitação e a atividade física passaram em primeiro plano na gestão da doença. Alguns não hesitam em falar em uma nova revolução terapêutica. «Uma atividade de resistência praticada por 45 minutos todos os dias irá retardar a progressão da doença. Nesses pacientes, os sinais da doença são menos graves e a qualidade de vida é melhor», diz a Dra. Fabienne Ory-Magne.

Nem todos os pacientes têm a possibilidade ou a vontade de se submeter a esta disciplina, mas, de acordo com especialistas, o importante é encontrar uma atividade que agrada e praticá-la mais vezes. A caminhada nórdica (caminhada com bastões) é especialmente recomendada. O tai-chi ou o tango, também. Todas estas atividades irão ajudar a preservar o equilíbrio e facilitar a coordenação dos movimentos. «Elas também forçam os pacientes a fazer movimentos. Não devemos esquecer que a doença é caracterizada pela escassez de gestos. Fazer movimentos limitará a rigidez e a hipertonia», insiste o Prof. Luc Defebvre, do Hospital Universitário de Lille.

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